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Após mulher dar à luz na entrada do presídio, diretora da Maternidade orienta gestantes

O caso da mulher que deu à luz a um menino na saída do presídio Francisco d’Oliveira Conde na última quinta-feira, 25, chamou atenção de muitas pessoas em Rio Branco. A gestante teria acabado de sair da visita íntima quando entrou em trabalho de parto e foi socorrida pela subtenente Angela Canafiste, que auxiliou no parto.

Canafiste conta que ao ouvir gritos de pessoas chamando a polícia, ela e um capitão da Polícia Militar correram até o local onde estava a grávida. Ela diz que o Serviço Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, mas não deu tempo de realizar o parto.

A policial contou com a ajuda de uma técnica em enfermagem que estava no local. “Enquanto ela fazia a massagem, eu segurava para o bebê sair. Nós pedíamos para que ela relaxasse e se acalmasse um pouco porque ela estava muito nervosa. O bebê nasceu e o Samu não apareceu. Nós solicitamos uma viatura e levamos a mulher até a maternidade”.

Angela fala da emoção e surpresa de fazer um parto pela primeira vez. “Eu sempre digo que estou preparada para atirar, em caso de rebelião. Mas nunca para auxiliar um parto. Não tive nervosismo, a primeira coisa que pensei foi em Deus. Eu não me desesperei, mas não posso negar que à noite em casa eu não dormi um cochilo, pensando que ela reclamava que não tinha roupa para o bebê, que não sabia que ia ter esse filho agora. Passou uma série de coisas na cabeça”, relatou.

Casos como esse podem acontecer com qualquer grávida que está nos últimos meses de gestação. Mas, o que fazer quando a bolsa estoura antes da data prevista?

A diretora da Maternidade Bárbara Heliodora, Serlene Vasconcelos, afirma que o primeira coisa a fazer é ligar para o Samu através do 192.

“É o Samu que realiza os primeiros atendimentos e depois leva para a maternidade para continuar os procedimentos. Quando você liga, eles dão aquelas orientações do que fazer pelo telefone mesmo.”

Vasconcelos explica que nesta situação de parto natural, mãe e filho não correm risco de morte. “É um parto normal. É necessário somente posicionar a mãe e ter a pegada do bebê. Nunca ocorreu problemas nesses casos, pelo menos eu nunca vi”.

O tenente-coronel Eudemir, coordenador do Ciosp, explica que ocorrências de partos de emergência são casos isolados, e que o procedimento deve ser realizado por agentes do Samu. Porém, ele destaca que os policiais têm curso de primeiro socorros durante o curso de formação.

A Gazeta do Acre: