A possibilidade de uma nova enchente do Rio Madeira tem levantando debates acerca da situação da BR-364. Afinal, acreditava-se que as grandes cheias ocorriam a cada 100 anos, explica o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Thiago Caetano.
“Caso ocorra uma nova cheia esse ano, medidas vão ser tomadas para que seja elevado o nível da rodovia. Porém, isso demanda tempo, projeto e orçamento. Uma obra dessa natureza demora cerca de 2 a 3 anos”, explicou.
Em entrevista a uma emissora local, o superintendente afirmou que a construção da ponte que liga o Acre à Rondônia não vai impedir que o estado acreano fique isolado via terrestre. Além disso, ele comenta que a construção segue normalmente sem risco de atraso na entrega, prevista para outubro deste ano.
“A entrega da ponte não vai tirar a preocupação com relação às cheias, vai tirar a preocupação da balsa, que na última grande cheia demorava para fazer a travessia mais de duas horas. Ainda que a ponte seja concluída, caso tenha cheia com a mesma proporção de 2014, corre risco de isolamento”.
Caetano comentou ainda sobre o monitoramento de uma parte da BR-364 onde o asfalta cedeu. Ele conta que existe uma equipe permanente acompanhando a situação para estabilizar e evitar o avanço da erosão. “A situação está controlada e não tem risco de romper a BR-364”.