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E segurança pública, senhores?

Mesmo em recesso, foi bom de assistir a bancada federal reunida para debater com prefeitos e outros gestores públicos a aplicação dos recursos de emendas parlamentares empenhadas, destinados à abertura e manutenção de ramais no interior do Estado.
Mesmo que o objetivo seja um tanto quanto eleitoreiro, considerando que os parlamentares já estão em campanha, garantir a obtenção e a correta aplicação desses recursos é benéfico para permitir que os produtores rurais possam escoar sua produção e vem de encontro à política do Governo do Estado que investiu nas chamadas cadeias produtivas como uma de suas prioridades.
O que a sociedade gostaria e exige da mesma bancada federal é que se reunisse com mais frequência para tratar de outros problemas graves, como o da segurança pública, para cobrar do Governo Federal que faça a sua parte. Ou seja, a guarnição das fronteiras, que continuam abertas para a passagem do narcotráfico, responsável pelo aumento da criminalidade não só no Acre, mas em todo o país.
Nesta semana mesmo, o governador de Goiás, do PSDB, onde já se registraram três rebeliões em presídios com dezenas de mortos, foi enfático em responsabilizar o Governo Federal por essa perversa omissão. Usou praticamente os mesmos argumentos da chamada Carta do Acre, uma iniciativa do governador Tião Viana que reuniu dezenas de governadores aqui no Estado no final do ano passado.

Fabiano Azevedo: