No Acre, a agricultura e a produção familiar fazem parte do desenvolvimento econômico. Com a meta de diversificar a base econômica e fomentar ainda mais as atividades agrícolas, o governo do Estado intensificou o investimento na área em 2017.
Em seu penúltimo ano de gestão, o governador Tião Viana garantiu o investimento de R$ 137 milhões para a produção rural, recurso que está sendo aplicado até o fim de 2018. Os projetos em andamento, além de serem ações para geração de renda em todo o estado, são importantes meios de inclusão social, contemplando indígenas, ribeirinhos e assentados, com foco na agricultura familiar, mais de 12 mil famílias foram beneficiadas no último ano.
Uma das estratégias adotadas pelo governo é realizar o trabalho nas cadeias produtivas que estão se consolidando no estado, além de fomentar novas atividades com potencial de geração de renda, como castanha, borracha, açaí e outras frutíferas, suinocultura, pecuária leitura, mandioca e mel de abelha.
Um dos grandes avanços do ano de 2017 se deu no fortalecimento da cadeia produtiva da fruticultura. Tendo o açaí como carro-chefe, essa cadeia também está desenvolvendo as atividades de cultivo da cupuaçu, acerola, maracujá e cajá, entre outras espécies.
Seguindo o calendário agrícola, as primeiras atividades foram de mecanização das áreas de plantio e de qualificação dos agricultores beneficiados pelos projetos executados pela Secretaria de Extensão Florestal e Produção Familiar (Seaprof). Nesses últimos meses, estão sendo plantadas mudas em um modelo consorciado, visando a eficiência do cultivo.
Mandioca – Outra atividade com grande organização no último ano foi a mandiocultura. Na região do Juruá, os agricultores tiveram a grande notícia da Indicação Geográfica para a farinha de mandioca.
Com a concessão na espécie Indicação de Procedência para a Central das Cooperativas dos Produtores Familiares do Vale do Juruá, a farinha de Cruzeiro do Sul tem uma nova missão de qualidade, ação que teve apoio do governo do Estado por meio da modernização das casas da farinha locais.
Além disso, já na Região do Alto Acre, em Xapuri, a mandioca está ganhando um novo patamar na produção. Com a implementação de agroindústrias com capacidade de processar até quatro toneladas de farinha e outros derivados como goma por dia, a produção local está aumentando gradativamente.
Extrativismo
Em 2011, o programa Floresta Plantada teve uma grande avanço, fazendo com que em 2017 o Acre chegasse a mais de 2,5 milhões de árvores plantadas. O programa consiste no plantio de seringueiras em consórcio com frutíferas e castanheiras, formando um Sistema Agroflorestal (SAF).
No segundo semestre do ano passado, o governador Tião Viana pôde ver de perto o início do corte para extração do látex de seringueiras plantadas no início de sua gestão. O látex poderá ser vendido para a indústria de preservativos Natex, em Xapuri, mas também ganhou um novo mercado em 2017 com a entrega da indústria de Granulado Escuro Brasileiro (GEB), em Brasileia, para a Cooperacre.
A cadeia da castanha do Brasil também teve ação importante para seu fortalecimento. Em parceria com a Cooperacre, o governo do Estado iniciou ações diretamente nas comunidades extrativistas.
Para nove comunidades da Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes, em Xapuri, por exemplo, foram entregues oito quadriciclos com carroceria para transporte da castanha, que poderá ser feita ainda com burros e cavalos. Estão sendo construídos também nove galpões para armazenamento do produto, melhorando, assim, a qualidade da castanha que será vendida para a indústria beneficiadora.
Durante a solenidade de entrega, na comunidade Semituba, o governador fez uma declaração demonstrando seu respeito pelos trabalhadores da floresta. “Vocês são as pessoas que têm a profissão mais bonita do planeta: vocês conseguem cuidar da renda da família e cuidar da natureza, pois o mundo sem o ambiente natural não vai aguentar. Vocês são os guardiões de defesa da floresta. É lindo o que está sendo feito por essas comunidades”, disse Tião Viana.
Milho
Nos últimos anos, o Acre tem aumentado cada vez mais sua produção de milho, passando de 57 mil toneladas em 2009 para uma colheita de 82 mil toneladas na safra de 2016/2017, conforme levantamento do Ministério da Agricultura.
A safra recorde é fruto dos investimentos do governo do Estado em agroindústrias que utilizam o milho com base da ração, como a Peixes da Amazônia e a Dom Porquito. Além disso, o Acre apoia o plantio e a colheita do grão com mecanização por meio do Fundo Agropecuário Estadual (Funagro), gerido pela Secretaria de Agropecuária (Seap). (Arison Jardim / Agência Acre)