Depois de subidas consecutivas, a Petrobras anunciou nesta terça-feira, 23, que reduzirá os preços da gasolina em 0,8% e do óleo diesel em 0,5% nas refinarias a partir desta quarta-feira, 24.
Os reajustes fazem parte da nova política de revisão de preços da petroleira, em vigor desde julho e que prevê alterações quase que diárias nas cotações dos combustíveis. A Petrobras pode realizar ajustes de 7% para mais ou para menos sempre que necessário. Antes, o reajuste ocorria pelo menos uma vez por mês.
Segundo o último levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), o preço médio da gasolina na capital acreana é de R$ 4,69, podendo variar entre R$ 4,57 e R$ 4,79.
Mas nem os postos conseguem acompanhar os reajustes de preços e, na maioria deles, o preço continua igual desde a primeira semana de janeiro. O litro da gasolina varia de R$ 4,48 a R$ 4,75. Alguns postos chegam a oferecer desconto no pagamento em dinheiro.
Mesmo com a redução, o Acre permanece com a gasolina mais cara, registrando uma média de R$ 4,73, segundo dados da ANP. O álcool vendido nos postos acreanos também é o mais caro do país, com uma média de R$ 3,64 por litro.
Apesar dos reajustes nas refinarias, o valor do combustível cobrado ao consumidor é definido pelos postos, que repassam ou não o aumento à medida que os estoques de combustíveis são renovados.
Em nota, o Sindicato dos Postos de Combustíveis do Acre (Sindepac) reforça a preocupação com a nova política de preços da estatal. A justificativa é a instabilidade na relação de consumo ocasionada pela medida.
“Cada revendedor tem autonomia para definir seus preços, com base em seus custos de operação e concorrência de mercado. Relembramos que o Sindepac não tem o poder de regular ou monitorar preços. Sugerimos ao consumidor sempre a pesquisa”, diz.
A maioria dos motoristas não está otimista já que não há previsão para essa redução chegar até as bombas. “Quando é pra aumentar em poucos dias a gente vê a mudança de preço nos postos, não sei se vai acontecer mesmo com a redução. O jeito é esperar e torcer para que o valor diminua mesmo por que está cada dia mais difícil manter o carro”, disse o autônomo Marcelo Lopes, 29 anos.