A história do Acre se funde com a história do arcebispo Dom Moacyr Grechi. Aos 82 anos, e com mais de meio século de sacerdócio, Dom Moacyr reúne um vasto histórico de ações e boas obras que muito beneficiaram o estado do Acre em sua missão religiosa.
Em nome disso, o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), Oswaldo D’Albuquerque Lima Neto, e o Colégio de Procuradores de Justiça por unanimidade, concederam ao arcebispo Dom Moacyr, por proposta do procurador de Justiça Álvaro Pereira, a Medalha do Mérito do Ministério Público, mais elevada honraria que o MPAC oferece às pessoas que se destacam em defesa da sociedade.
“Esse é o reconhecimento do Ministério Público do Estado do Acre a alguém que se dedicou à missão de amar o próximo, e a executou com benevolência, alegria, paz, paciência, benignidade, fé, mansidão e temperança. Pois, contra estas coisas não há lei [Gálatas 5:22,23]. Há somente o nosso reconhecimento e agradecimento”, disse o procurador-geral ao condecorar o arcebispo com a honraria.
Dom Moacyr Grachi, que atualmente vive na cidade de Porto Velho (RO), agradeceu o reconhecimento e falou sobre irmandade e a luta do Ministério Público. “Aqui eu encontrei uma condecoração que exprime amizade, respeito, esperança, que faz com eu me sinta muito bem, em outras palavras, faz com que eu me sinta entre irmãos, pois aqui lutamos pela mesma causa”, externou o bispo.
Os membros do Colégio de Procuradores presentes no ato destacaram a importância histórica de Dom Moacyr e sua atuação para a transformação social na Amazônia Ocidental, desejando que suas ações sejam multiplicadores das boas obras como herança de todo o bem que fora feito por suas mãos em benefício do povo do Acre.
Luta incansável em defesa da paz, do amor e da união
Em 1949, Dom Moacyr ingressou no Seminário da Ordem dos Servos de Maria, em sua cidade natal, Turvo (SC). Em 29 de julho de 1961, foi ordenado sacerdote. Em 17 de julho de 1972 foi escolhido para ser bispo da diocese de Rio Branco (AC) pelo Papa Paulo VI.
Foi um dos criadores do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e da Comissão Pastoral da Terra, entidade que presidiu por oito anos. Destacou-se pela defesa dos indígenas, dos seringueiros e dos trabalhadores rurais. Lutou pela punição dos assassinos de Chico Mendes, que conheceu pela atuação nas Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s).
Foi membro delegado pela CNBB da Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e Caribenho (Conferência de Aparecida), que aconteceu em maio de 2007, onde teve contato com Mário Jorge Bergóglio, então arcebispo de Buenos Aires, que futuramente seria o Papa Francisco.
Em 29 de julho de 1998, foi nomeado arcebispo de Porto Velho, tendo tomado posse em 8 de novembro de 1998. Aposentou aos 75 anos e foi substituído em 3 de março de 2012 por Dom Esmeraldo Barreto de Farias.
Como arcebispo de Porto Velho, contribuiu para a criação da Faculdade Católica de Rondônia, da Comissão Justiça e Paz de Rondônia e para o fortalecimento dos Centros Sociais da Arquidiocese. Teve como lema: “O último de todos e o servo de todos”. (Marcos 9:35).