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Para prevenir possível desabastecimento, empresários trabalham com estoques para 45 dias

BRUNA MELLO

A ameaça de um possível isolamento devido À cheia do Rio Madeira deixou os empresários acreanos receosos. Por isso, segundo o presidente da Associação Comercial do Acre (Acisa), Celestino Bento, o empresariado local tem feito estoque de produtos para 45 dias.
Bento explica que a ideia é buscar estratégias que minimize os prejuízos para a população, além de manter os negócios dos empresários. “Estou um pouco mais tranquilo pela segurança de estoque que cada atacadista tem em suas prateleiras. Não corremos risco de desabastecimento, somente se a situação for além de 45 dias”.
Em 2014, o Governo do Estado chegou a decretar Estado de Calamidade Pública após a BR-364, única via de ligação terrestre do Acre com o resto do país, ficar intrafegável com a enchente do manancial.
Na época, a situação provocou um desabastecimento de itens básicos para manutenção das atividades públicas e privadas, em especial alimentos, combustíveis, medicamentos, insumos hospitalares, entre outros.
“O prejuízo foi grande, números impossível de dimensionar. Todos os setores sofreram bastante, como o setor de combustível, os atacadistas que perderam mercadorias, alguns perderam mais de R$ 300 mil em mercadorias. Foi um transtorno terrível e nós não temos ideia do volume perdido em 2014, mas posso garantir que foi um volume bastante considerável”.
A falta de combustível foi um dos problemas que mais afetou os acreanos em 2014. Por meio da assessoria de comunicação, o Sindicato dos Postos de Combustíveis do Acre (Sindepac) informou que o plano de contingência é elaborado pelas distribuidoras, responsáveis por fazer a distribuição do combustível aos postos. A entidade deve se manifestar posteriormente.
Durante coletiva concedida na última sexta-feira, 12, a governadora em exercício, Nazareth Araújo, disse não acreditar na possibilidade de um desabastecimento. Porém, salienta que o Estado está preparado para por em prática as ações do plano de contingência.
“Não acreditamos que isso vá acontecer, mas, caso aconteça, tomaremos as mesmas medidas com maior intensidade de tudo que foi decidido na Sala de Situação. Nós esperamos que pelas medidas preventivas e pelo alerta que estamos fazendo, que isso não aconteça novamente no Acre e nem em Rondônia”.

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Fabiano Azevedo: