BRUNA MELLO
A Petrobras anunciou que elevará o preço da gasolina em 0,4% e reduzirá o do diesel em 0,7% nas refinarias a partir desta terça-feira, 9. Na semana passada, a empresa aumentou o preço do diesel em 1,8% e da gasolina em 1,4%.
Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), essa é a sétima semana consecutiva que a petroleira eleva o preço da gasolina. O preço médio subiu de R$ 4,53 para R$ 4,53, registrando um novo recorde.
Distante da média nacional, o Acre segue com o combustível mais caro, registrando uma média de R$ 4,80, segundo a Agência. No último levantamento, a média acreana era de R$ 4,77.
Em Rio Branco, o preço médio da gasolina é de R$ 4,77 enquanto no município de Cruzeiro do Sul a média é R$ 5,09, de acordo com o último levantamento divulgado pela Agência. Os valores podem variar de R$ 4,77 a R$ 4,88 e R$ 4,99 a R$ 5,20 respectivamente.
Os reajustes semanais fazem parte da nova política de revisão de preços da estatal anunciada no final de junho. Agora, a área técnica de marketing e comercialização da Petrobras pode realizar ajustes de 7% para mais ou para menos sempre que necessário. Antes, o reajuste ocorria pelo menos uma vez por mês.
Já o preço médio do etanol voltou a subir, após uma semana de estabilidade, e passou de R$ 2,82 para R$ 2,85 por litro. Até o momento o maior valor registrado no país foi em janeiro, de R$ 2,932. Assim como a gasolina, o Acre também tem o álcool mais caro do Brasil, com uma média de R$ 3,62, segundo dados da ANP.
Apesar dos reajustes nas refinarias, o valor do combustível cobrado ao consumidor é definido pelos postos, que repassam ou não o aumento à medida que os estoques de combustíveis são renovados. Na Capital, observam-se preços “estáveis” na maioria dos postos há cerca de duas semanas.
“Cada revendedor tem liberdade de praticar o preço que é mais viável e atrativo aos seus clientes. Nesse momento, onde há redução do consumo, a concorrência aumenta”, diz nota do Sindicato dos Postos de Combustíveis do Acre (Sindepac).
O sindicato afirma ser contra a nova política de preços da Petrobras e considera “preocupante” a atual situação. Ainda segundo o Sindepac, os tributos cobrados sobre os combustíveis (PIS/Confins/Cide/ICMS) representam cerca de 50% do preço final repassado ao consumidor. A recomendação é pesquisar o preço em vários postos antes de abastecer.
A notícia é considerada ruim pela maioria da população, mas não traz nenhuma surpresa aos motoristas. “Toda semana é a mesma coisa. Vou ficar assustado no dia que anunciarem redução no preço da gasolina. A gente só pode lamentar e economizar até esse dia chegar”, disse o autônomo Antônio Silva, 47 anos.