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Lideranças do PSL no AC pedem desligamento do partido após deputado Jair Bolsonaro anunciar filiação

Lideranças do PSL no AC pedem desligamento do partido após deputado Jair Bolsonaro anunciar filiação

Após o anúncio sobre a filiação do deputado Jair Bolsonaro (RJ) ao PSL (Partido Social Liberal), o presidente do partido no Acre, Rodrigo Pires e o vereador Emerson Jarude decidiram sair do partido.
A justificativa, segundo eles, é que a filiação do parlamentar é “inteiramente incompatível com o projeto do Livres”.
O deputado Bolsonaro e o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, divulgaram na última sexta-feira, 5, uma nota assinada por ambos na qual informaram sobre a filiação do parlamentar ao partido.
Conforme a nota, com a filiação, Bolsonaro, atualmente no PSC (Partido Social Cristão), passa a ser o pré-candidato do PSL à Presidência da República.
“A saída se deu ao fato da negociata do partido. Eu, como uma liderança do Livres, estava à frente de um processo de renovação do PSL e esse processo já dura algo em torno de dois anos, e de um momento para o outro o presidente do partido concedeu o PSL ao Bolsonaro. Ficamos surpresos com a vinda dele”, afirmou o vereador de Rio Branco, Jarude.
O vereador disse ainda que poderia se aproveitar de alguma forma do que ele chamou de “onda Bolsonaro”, mas prefere seguir o movimento Livres.
“Isso não iria ser coerente. Como uma liderança Livres no Acre e também no Brasil, como membro no Conselho de Ética do partido, eu resolvi ficar ao lado do Livres e sair junto”, declarou.
O ex-presidente do partido no Acre, Rodrigo Pires, comentou sua saída do PSL e disse que 12 estados da federação também decidiram pela saída. Segundo ele, a filiação do deputado foi uma “manobra da velha política” e ele não concorda.
“O movimento que o Livre fazia dentro do PSL, que era de renovação baseado no liberalismo, vai contra o que o candidato à presidência Bolsonaro defende e a forma como ele entrou no partido não foi uma forma democrática, porque foi um acordo individual entre o dono do partido e o deputado”, defendeu Pires.
Sobre o caso do Jarude que está com mandato em andamento, o ex-presidente do partido informou que o vereador permanece com os direitos garantidos. “Continua normal até a janela eleitoral, mas ele já não tem nenhum compromisso com as questões do PSL”, concluiu. (Iryá Rodrigues / G1 AC)

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