Qual é a possibilidade de um cidadão comum, que reside na cidade de Jordão/Acre, ter acesso a uma graduação, sem sair de lá, se as instituições que promovem educação superior não forem até ao município? A resposta é: Nenhuma! Assim, denomino ou chamo de EDUCAÇÃO SUPERIOR INCLUSIVA, implantar cursos em níveis de graduação e pós-graduação em munícipios, onde as desigualdades sociais são gritantes.
A bem da verdade, diga-se de propósito, que esta abertura ou possibilidade de incluir regiões fora do eixo sul/sudoeste/centro oeste, tem seu início no fim do governo FHC, mas deslanchou, sobremodo, no governo Lula, cuja política para a Educação Superior no Brasil, foi a de respeitar as diferenças regionais. Política educacional que surgiu para quebrar os paradigmas e o caráter elitista do ensino superior no Brasil, pois que pesquisa, anterior a estes governos, divulgada pelo IBGE, asseverava que a maioria dos estudantes (60%) das Universidades Federais, pertenciam à camada dos 20% mais ricos da população brasileira. Isso, para não citar o perfil sócio-econômico dos alunos das universidades privadas, deixava claro a natureza elitista do ensino no Brasil. Fato minimizado, é inegável, com o advento do ENEM, bem como, no momento atual, pela adesão das IES ao Fies e, notadamente pela fantástica oferta e popularização de cursos superiores modelo ensino à distância (EAD). Aliás, o Ministério da Educação (MEC) publicou recentemente, portaria que regulamenta o Decreto nº 9057, de 25 de maio de 2017, com o objetivo: de ampliar a oferta de cursos superiores na modalidade a distância; melhorar a qualidade da atuação regulatória do MEC na área, aperfeiçoando procedimentos; desburocratizando fluxos e; reduzindo o tempo de análise e o estoque de processos. É verdade, também que em Estados como o Acre e Roraíma, por exemplo, já haviam as Universidades Federais. Contudo, em nível de IES particulares, até o ano de 2002 só havia uma faculdade particular em Boa Vista (?) e uma em Rio Branco (Firbe). Então, a cidade de Rio Branco, é uma criança no que se refere a IES particulares. Temos só 15 anos de vida acadêmica autorizada pelo MEC.
Respondo pela Sinal Faculdade de Teologia e Filosofia, IES Credenciada pelo MEC desde 28/05/2005, portanto há 12 anos. Sempre praticamos mensalidades acessíveis, de no máximo R$ 160,00, à população mais carente. Chegamos, em auxílio de muitos jovens e adultos, que não conseguem fazer um curso superior, porque estão ou estavam aquém do perfil sócio-econômico do ensino universitário de instituições públicas. Assim, quando neste ano, 2018, ofertamos Bolsas de Estudo Integral, não estamos sendo demagógicos, mas dando prosseguimento a uma política educacional de quem está nas últimas fronteiras e num contexto de região ainda carente. Viabilizando um ensino de qualidade e acessível ao poder aquisitivo da população.
A Sinal, além de um projeto pedagógico inovador, professores qualificados, instalações físicas confortavéis e acervo bibliográfico satisfatório, tem por objetivos, longe de querer amealhar riquezas, deixar um legado no campo das ciências humanas, notadamente, nas áreas do saber Filosófico e Teológico, no Estado do Acre e regiões adjacentes.
*Gestor de Educação Superior/Humanista. E-mail: [email protected]