O presidente da Fieac, José Adriano Ribeiro, esteve reunido na tarde da última quinta-feira, 1, com o vice-presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJ/AC), desembargador Francisco Djalma, e com a juíza Luana Campos, da Vara de Execuções Penais. Durante o encontro, foram discutidas possíveis parcerias para qualificação e reinserção de reeducandos no mercado de trabalho.
O desembargador Francisco Djalma, que também é supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Penitenciário do Estado, propôs que seja firmado um convênio junto ao Sistema Federação das Indústrias, que reúne Sesi, Senai e IEL, para proporcionar oportunidades de capacitação e vagas de trabalho nas indústrias acreanas para reeducandos do regime semiaberto.
“O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio da presidente Cármen Lúcia, tem procurado incentivar a direção dos presídios para que se busque tirar o preso de dentro do cárcere e inseri-lo no mercado de trabalho. Isso é extremamente importante por entendermos que o sistema penal atualmente deixa muito a desejar. E o mais importante é que o apenado saia da penitenciária pelo menos com o início de profissionalização. Queremos agradecer a iniciativa da Fieac, Senai e Iapen no sentido de criar políticas voltadas para atender essa nova visão do CNJ”, destacou o vice-presidente do TJ/AC.
A juíza Luana Campos afirma que um dos fatores que contribui para o aumento “gritante” da criminalidade nos dias de hoje é justamente a falta de oportunidade de empregos e também de qualificação.
“Essa parceria com a Fieac traz a iniciativa privada para esse problema de Estado e vai de acordo com o que estabelece a Lei de Execução Penal, que diz que a ressocialização do apenado é também um problema da sociedade, do Estado e das empresas em geral. Por isso é muito relevante esse senso de responsabilidade da Fieac de contribuir para que possamos reinserir reeducandos no mercado de trabalho e qualificando-os para que futuramente consigam algo mais adequado e uma renda melhor”, observou a juíza.
O presidente José Adriano Ribeiro lembrou que o Sistema Fieac, por meio do Senai, já promoveu cursos com reeducandos há alguns anos e os resultados foram relevantes. Ele ressaltou, ainda, que é importante envolver o governo do Estado, Assembleia Legislativa e outras instituições nesse convênio.
“É o emprego que fará o resgate desses indivíduos, tanto socialmente como dignamente. Essas dificuldades causadas pelos altos índices de violência são reflexo também da construção civil, que caiu bastante em termo de postos de trabalho, sendo que o setor contratava bastante essa mão de obra menos qualificada, proporcionando essa ocupação que é primordial”, assinalou o presidente da Fieac.
No final do encontro ficou acertado que haverá uma nova reunião, para a qual serão convidados representantes da Assembleia Legislativa, governo do Estado e de outras instituições, ocasião em que serão acertados mais detalhes do convênio. Também participaram da agenda no Tribunal de Justiça o diretor-regional do Senai, César Dotto, e o assessor de Relações Institucionais da Fieac, Assurbanípal Mesquita. (Assessoria Fieac)