A segunda-feira, 19, foi marcada por protestos contra a reforma da Previdência em algumas cidades brasileiras. Uma greve geral e manifestações foram convocadas por centrais sindicais e movimentos sociais. No Acre, vários sindicados se uniram para realizar atos com o objetivo de buscar apoio dos deputados federais e senadores para votarem contra a reforma da Previdência e de combate à privatização das empresas públicas.
Participaram do protesto a diretoria do Sindicato dos Professores da Rede Pública de Ensino do Estado (SinproAcre), o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Acre (Sintect/AC), o Sindicato dos Urbanitários, a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Acre (Adufac) e o Sindicato dos Bancários.
As entidades convocaram os filiados e a sociedade para vigílias no Aeroporto Internacional de Rio Branco e um ato no Terminal Urbano, que não foi fechado, mas recebeu os sindicalistas. O principal intuito do protesto era alertar os parlamentares federais do Acre que embarcaram durante a noite de volta a Brasília e devem participar da votação em torno das propostas durante a semana.
A presidente do SinproAcre, Alcilene Gurgel, afirmou que o momento é decisivo para os brasileiros, que perderão o direito a uma aposentadoria digna.
“Os políticos querem acabar com o meu e o seu direito a uma aposentadoria capaz de garantir um final de vida mais confortável e digno. Então, é preciso sair para as ruas, protestar e expor aqueles que votam contra o povo”, afirmou a representante dos professores.
O presidente do Sintect, Edson Pinheiro, lembrou algumas profissões exige muito do trabalhador, o que resulta na necessidade de uma aposentadoria por um tempo de serviço menor que outras funções.
“O trabalhador que sofre a pressão psicológica, a ação do tempo, como o sol forte, a chuva, que realiza esforço extremo, este precisa ser bem tratado. Ele não pode ser esquecido quando adoecer”, protestou o representante dos trabalhadores dos Correios.
Os eletricitários e os trabalhadores dos Correios ainda protestarão contra a possibilidade de venda da Eletrobras e dos Correios, o que resultará na precarização ainda maior dos serviços oferecidos, como o aumento na quantidade de apagões e a suspensão de entrega para algumas regiões por resultarem em prejuízo para as empresas.
A votação da reforma da Previdência na Câmara estava prevista para esta semana, mas, com a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, o Congresso não pode votar nenhuma alteração na Constituição. Por se tratar de emenda à Constituição, o texto exige ao menos 308 votos (de um total de 513 deputados).