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Caladinho não fabrica fuzil

As apurações ainda não foram concluídas, mas tudo indica que a Capital teve mais uma madrugada violenta, com o saldo de quatro mortos, por conta de mais uma disputa ou desforra entre as facções criminosas que atuam no Estado.
Por mais que as forças e segurança locais reforcem sua atuação na prevenção e combate a esses grupos criminosos, há fatores que fogem do seu alcance, como o narcotráfico e armas que continuam entrando livremente pelas fronteiras com os países vizinhos, como já foi amplamente denunciado e até que enfim reconhecido pelo próprio ministro da Defesa, Raul Jungmann, esta semana.
Ao que consta as armas utilizadas por essas facções e a cocaína ou maconha não são fabricadas no Caladinho ou em outros bairros tidos como mais violentos da cidade. Só para citar um exemplo, ainda esta semana, a Polícia Federal fez uma grande apreensão de drogas no Juruá e um fuzil AK-47, que entraram, provavelmente, pelo pela fronteira com o Peru.
Enquanto isso, como se viu anteontem na abertura dos trabalhos do Poder Judiciário, as autoridades maiores do país, em seus discursos empolados, não fazem uma referência sequer ao aumento da criminalidade que tomou conta do país. Como já se assinalou, estão mais preocupadas em perseguir e cassar os direitos de um ex-presidente da República, sem provas, porque temem a sua volta ao poder e o fim do golpe que perpetraram.

Fabiano Azevedo: