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Para calar a boca

Par quem ainda tinha alguma dúvida sobre a presença do narcotráfico na fronteira do Acre com os países vizinhos, uma das provas mais veementes foi estampada ontem nos meios de comunicação: a apreensão de mais de 280 quilos de pasta base de cocaína e cloridrato pelas Polícias Rodoviária Federal e pela Polícia Federal em Vila Campinas, município de Plácido de Castro.
Segundo o delegado da Polícia Federal, Evandro Escobar, essa seria a maior apreensão da droga já realizada no Estado, que estava sendo transportada em um caminhão para outros estados e renderia aos traficantes cerca de R$ 11 milhões.
Este fato serve também para reforçar as constantes denúncias e apelos do governador Tião Viana e outros governadores que alertaram que a principal causa da criminalidade que assola o país é o narcotráfico que está entrando livremente pelas fronteiras, cuja responsabilidade primeira e maior é do Governo Federal em prevenir e combatê-lo com um Plano Nacional Integrado com as forças de segurança dos estados.
Serve também para calar a boca de alguns políticos boquirrotos que ainda não se convenceram que o aumento da criminalidade tanto aqui no Acre quanto nos demais estados deve-se ao narcotráfico que, por sua vez, abastece as facções criminosas e a disputa entre elas pelos “territórios”.
Só agora, depois que o Governo do Rio de Janeiro, perdeu o controle sobre a criminalidade, parece que o Governo Federal se convenceu da gravidade do problema e está anunciando um Ministério de Segurança Nacional.

Fabiano Azevedo: