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Audiência pública sobre desestatização da Eletrobrás é suspensa após confusão

A audiência pública realizada para discutir a desestatização da Eletrobrás no Acre foi suspensa após muita confusão e tumulto. A reunião ocorreu nesta sexta-feira, 23, no auditório da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC).

Representantes de sindicatos ligados ao setor elétrico e outras categorias participaram da audiência. O tumulto teria começado depois de alguns sindicalistas e produtores rurais serem barrados na entrada do local. A Polícia Militar e o Batalhão de Operações Especiais foram acionados para conter a confusão.

Moradora do município do Bujari, Mirtes Souza, diz que os mais interessados em participar da reunião, que são os consumidores da zona rural, foram impedidos de participar. “Viemos de muito longe, mas é só para quem é patrão, é a audiência dos bacanas”.

Os moradores da zona rural alegam que com a mudança para a iniciativa privada, serviços e programas realizados pela companhia serão encerrados, prejudicando os consumidores que pagam por serviços que não estariam sendo ofertados no meio rural.

Em nota, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) esclarece no momento da tentativa de invasão, o auditório já estava com sua lotação máxima, que é de 200 pessoas, e permitir a entrada de mais pessoas comprometeria a segurança de todos.

“A audiência pública foi interrompida de maneira abrupta e agressiva por um pequeno número de manifestantes que tentou invadir o palco e acabou contido pela PM/AC”.

O BNDES enfatiza que a reunião é uma importante oportunidade para que a sociedade civil possa manifestar-se em relação ao processo de desestatização da distribuidora, assim como apresentar sugestões e contribuições. “É uma demonstração de transparência na condução de um processos importante para o País e para o Estado do  Acre”.

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Urbanitários, Marcelo Jucá, policiais agrediram vários trabalhadores, que tentaram participar da audiência. Antes de ser suspensa, a reunião ficou parada cerca de 40 minutos.

“O povo veio de longe e quer participar. Eles são os grandes prejudicados. O movimento foi falar e os seguranças vieram para cima e teve a maior briga”.

Outro momento que marcou a audiência foi a participação da representante do Ministério de Minas e Energia, Agnes Costa, que foi impedida de falar por sindicalistas que gritavam “mentira”. (Com informações do Portal G1/Acre)

FOTO – RERPODUÇÃO REDE AMAZONICA
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