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Após criança ser infectada, hemoacre reforça que candidato a doação repasse informações reais durante triagem

 

“É importante reforçar a importância da veracidade das informações passadas durante a triagem para a doação”, comentou a gerente do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre (Hemoacre), Elba Luiza. Ela reforça a importância da doação de sangue, especialmente devido ao triste caso da criança de 4 anos que foi infectada com o vírus HIV após receber uma transfusão de sangue, por conta do diagnóstico de leucemia linfoide aguda.

O caso foi divulgado por meio de nota, na quinta-feira, 22, assinada pelo secretário de Saúde do Acre, Gemil Junior, e pela gerente-geral do Hemoacre, Elba Luiza. Os órgãos de saúde afirmam que o caso é uma ‘fatalidade’.

Conforme a nota, o doador era cadastrado no Hemoacre e fazia doações com frequência. Os órgãos afirmam que em todas as doações o homem passou pelo processo de triagem, que é feito em todos os doadores. Além disso, ele fez exames e entrevistas em todas as ocasiões.

No entanto, um mês após a doação, o homem procurou o centro de Saúde para fazer um teste rápido de HIV e o resultado foi positivo. O Hemoacre foi informado do caso e fez novos exames no doador e também na criança que havia recebido o sangue.

O resultado dos exames do doador feitos em Rio Branco e também no Teste de Ácido Nucleico (NAT), em Brasília, novamente foram positivos, mas o da criança deu negativo. Porém, o Hemoacre seguiu o protocolo determinado pelo Ministério da Saúde, e, após 30 dias, fez novos exames com o sangue da criança receptora que apresentaram resultado positivo.

Esse é o procedimento padrão em qualquer lugar do país, apontou a gerente do Hemoacre. O Brasil é, inclusive, referência mundial pelos métodos adotados.

Elba Luiza destaca que existem casos em que no prazo de até sete dias, o exame de HIV pode dar um falso negativo, conhecido como janela imunológica, que é o período em que o vírus pode estar presente no sangue sem ter se manifestado.

“Por isso, é tão importante que as informações passadas na triagem sejam verdadeiras. Caso os questionamentos sobre sexo seguro e utilização de seringas sejam positivos por parte do candidato à doação, a coleta nem acontece”.

A nota divulgada pelo governo ainda ressalta que um infectologista e um oncologista acompanham o tratamento da menina para enfrentar a doença junto com os procedimentos oncológicos. Além disso, os órgãos de saúde manifestaram “apoio humanitário à pequena paciente e sua família”.

Apesar da polêmica, o fluxo de doações não teve alteração, garante a gerente do Hemoacre.

Elba Luiza – FOTO /REPRODUÇÃO- REDE AMAZONICA ACRE

 

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