Com o tema Fraternidade e superação da violência, a Diocese de Rio Branco anunciou nesta sexta-feira, 16, o período de reflexão proposto pela Campanha da Fraternidade, desenvolvida pela Conferência Nacional dos Bispos (CNBB). Na ocasião, o bispo da Igreja Católica no Acre, Dom Joaquim, disse ser possível superar a violência com a união de todos e também da mídia que influencia na opinião pública.
O tema foi escolhido devido aos altos índices de violência que tem sido registrado não só no Acre, mas também em outras partes do mundo. E o lema é: “Em Cristo somos todos irmãos” (Mt 23,8).
“Nós acreditamos que é possível superar a violência, através das nossas ações, nossos gestos, com a mudança de nossos pensamentos, mas, isso tem que partir de todos, não só de nós, por isso nos próximos dias iremos realizar missas, vigílias, fazer orações e divulgar a mensagem de fraternidade, afinal, somos todos irmãos e devemos praticar o amor e não a violência”, comentou o bispo.
O documento aponta formas e tipos de violência no Brasil, dando destaque às praticadas contra os negros, os jovens e as mulheres. “Os grupos sociais vulneráveis são as maiores vítimas da violência”, disse o presidente da entidade, cardeal Sérgio da Rocha.
Durante o lançamento da campanha, o presidente da CNBB listou também como prática violenta, a corrupção. “A corrupção é uma forma de violência, e ela mata”, disse o cardeal. Segundo ele, “ao desviar recursos que deveriam ser usados em favor da população, os políticos acabam promovendo uma outra forma de violência contra o ser humano, a miséria”.
Ainda pontuando as formas de violência, ele citou o uso das redes sociais, onde, segundo ele, identifica-se “um triste crescimento da agressividade”. O cardeal disse, ainda, que os meios de comunicação “são vitais para a superação da violência”. Ele, no entanto, criticou as programações violentas em busca de audiência. “Quanto mais filmes violentos assistirmos, mas violentos nós seremos”.
A Campanha da Fraternidade surgiu durante o desenvolvimento do Concílio Vaticano II em 1964. A partir disso, a Igreja no Brasil propõe a todos os cristãos um período de reflexão que se desenvolve mais intensamente durante o período da quaresma.
Nesse período de 40 dias a Igreja Católica convida os fiéis a praticarem a oração e o jejum até o domingo de Ramos, que antecede a Páscoa. Em 2018, o período quaresmal segue até 25 de março.