Enquanto o Rio Acre se aproxima da cota de alerta, marcando na última medição 13,41 metros, o Rio Madeira, já faz suas vítimas em Porto Velho. Lá, o rio atingiu a marca de 16,31 metros e já desabrigou dezenas de famílias. Mas, os acreanos podem ficar despreocupados, pois, por enquanto, na região do Abunã, o manancial registrou nesta terça-feira, 27, a cota de 21,50 metros, três centímetros a menos que o dia anterior.
Além disso, com esse nível, não há qualquer interferência no tráfego de veículos na rodovia, apontam os dados da Defesa Civil do Estado do Acre. Apesar disso, o major do Corpo de Bombeiro do Acre, Claúdio Falcão, confirma que as águas estão bem próximas da estrada.
“Nós contamos com o compromisso social e obrigatório das usinas hidrelétricas de regular esse nível. Como houve essa redução no nível de segunda para terça, e isso não é resultado apenas da natureza isso é evasão de água das usinas. Esperamos que assim permaneça para evitar que a BR-364 seja alagada. Vale ressaltar que todos os órgãos estão monitorando a situação”, comentou o major.
As informações do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) repassadas à Defesa Civil descartam a possibilidade de uma cheia como a que ocorreu em 2014, que deixou o Acre isolado do restante do Brasil.
Apesar das informações otimistas, o empresariado local não quer apostar para ver e desde janeiro trabalha com estoque para 45 dias. Isso tudo para evitar o desabastecimento e também racionamento de alimentos e outros produtos das prateleiras dos supermercados acreanos.
Em 2014, foram 90 dias sem chegar um produto sequer e a população sofreu as consequências.
Em Rio Branco – Já em Rio Branco, a Defesa Civil registra aumento no nível do Rio Acre nas últimas 72 horas. O coronel George Santos, coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, explica que “a tendência é de que manancial siga com elevação lenta até estabilizar, caso não haja fortes chuvas na bacia hidrográfica, uma vez que Capixaba tem apresentado vazante e que o nível do Riozinho do Rola continua elevando suas águas”, apontou.