BRUNA LOPES
“É uma questão estranha. Em nenhum momento a direção do hospital foi procurada ou recebeu qualquer tipo de documento apontando algum tipo de recomendação por parte do Sindmed”, rebate a Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) sobre a denúncia a respeito do armazenamento de cilindros de oxigênio guardados irregularmente dentro do Hospital Geral de Sena Madureira.
Segundo a denúncia, as botijas ficam em um corredor ao lado da ala de pré-parto e parto e junto com galões de água e milhares de prontuários e arquivos, literalmente largados, em uma área que podem proliferar ratos e baratas, resultando em um ambiente totalmente perigoso para a saúde dos pacientes, segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado (Sindmed/AC), Ribamar Costa.
Por meio de nota, a Sesacre disse que para uma reação de combustão são necessários dois elementos: o combustível e o comburente. O oxigênio se enquadra na categoria dos comburentes. Ele oxida o combustível produzindo a reação de combustão. Portanto, o oxigênio por si só não é capaz de entrar em ignição e “explodir” conforme mencionado na reportagem.
“O local de armazenamento apresentado nas imagens é de baixa movimentação de pessoas, apenas servidores da Unidade de Saúde trafegam. Os cilindros estão armazenados na vertical com capacete de proteção, na horizontal, o local é arejado com ventilação natural e longe de fontes de calor e material combustível. Conforme rege a norma NBR 12188”, detalhou a nota que afirma que novas medidas serão tomadas no sentido de aumentar a segurança da operação.
A Sesacre ressaltou que o hospital “está de portas abertas” para receber o sindicato e suas orientações. Além disso, o órgão afirmou que, se houver alguma irregularidade, vai tentar consertar dentro das condições possíveis.