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Vice-presidente da Federação Acreana de Paramotor afirma que modalidade é segura

 

Sentir os pés fora do chão, observar a floresta de cima, além de experimentar a liberdade de voar. Estes são alguns dos atrativos que o voo de paramotor proporciona aos seus adeptos, que estão cada dia mais presentes nos céus do Acre.

Atualmente, cerca de 20 pilotos praticam o esporte no estado. Infelizmente, a atividade ganhou maior notoriedade após o trágico acidente que resultou nas mortes de Luiz Carlos Melo, 40 anos, e Geliton Roque, de 41 anos, ocorridas no último dia 11.

Vale ressaltar que existem diferenças no equipamento utilizado pela dupla e o Paramotor. Por isso, o vice-presidente da Federação Acreana de Paramotor (FAPmotor), Euzir Costa, explica melhor esta distinção e ressalta a segurança, além da necessidade da realização de um curso para quem deseja ver Rio Branco de cima.

“O paramotor voa em condições tranquilas, decola do chão. Assim, quem quer aprender a voar com esse equipamento deve procurar uma escola de paramotor, que vai orientar na formação técnico-didática. Os instrutores têm todas as informações das regras e normas da modalidade. As escolas são reconhecidas pela Associação Brasileira de Paramotor (ABPM). O tempo do curso é, em média, três meses e o candidato precisa ser maior de idade e apresentar bom estado de saúde”, explica Euzir.

A Federação Acreana existe há três anos, de acordo com o vice-presidente. O paramotor é um esporte de risco, como qualquer outro esporte radical, e há um grande potencial de perigo como em tudo que envolve máquinas e altura.

Devido à enorme praticidade e facilidade do esporte, há muitos pilotos despreparados que relaxam ou desconhecem procedimentos básicos de segurança. Por isso, acidentes acontecem.

Dentro dos limites entendidos e respeitados, o voo de paramotor é muito seguro, pois é extremamente importante ter uma boa instrução e bons hábitos depois de formado.

Sobre o equipamento do recente acidente registrado no Acre

Euzir deixa claro que a FAPmotor representa os praticantes de Paramotor e paratrike. O equipamento envolvido no acidente se trata de um Trike e que está na categoria de ultraleve aqui no Acre. Ou seja, são duas legislações diferentes.

A Aeronáutica informou que o acidente está sendo apurado pelo Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa 7), órgão subordinado ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB).

O laudo que aponta as causas do acidente deve ser divulgado em até 30 dias. O acidente ocorreu próximo ao posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF/AC), em Rio Branco. O condutor do ultraleve morreu no local. O outro rapaz morreu dois dias depois, no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb).

Recordes nacional de acreano

Rogean Albuquerque se tornou recordista nacional na categoria voo mais longo de paramotor. No dia 19 de julho de 2017, ele percorreu 635 quilômetros de Rio Branco até a cidade de Cruzeiro do Sul, no interior do Estado. Foram nove horas e 40 minutos no ar ininterruptamente.

Considerado uma adaptação do parapente, para voar o paramotor necessita de uma velocidade de vento que supere os 20 km por hora, dependendo do tipo de vela. Segundo ele, os riscos são mínimos, mas durante o voo de quase 10h sofreu algumas turbulências. (Com informações GE Acre)

 

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