A Operação Repatriar deflagrada pela Polícia Civil, nesta terça-feira, 6, resultou na prisão de 50 pessoas no Acre, Amazonas e Mato Grosso. Além disso, houve a apreensão de 81 quilos de drogas, além de 48 veículos, cinco armas de fogo (pistolas, revolveres e metralhadora), mais de 400 cápsulas de munição intactas, eletroeletrônicos, computadores, televisores, câmeras de vídeo monitoramento.
A polícia também pediu o bloqueio de 45 contas bancárias dos investigados. Os bens e drogas apreendidos no período de investigação somam um valor aproximado de R$ 2,1 milhões. Porém, esse valor pode aumentar quando forem somados aos valores das contas bancárias.
A Delegacia de Repressão a Entorpecente (DRE) liderou as investigações que ocorrem desde 2017, cerca de 11 meses, e tinha como principal objetivo combater o tráfico de drogas e sequestro de bens adquiridos de forma ilegal com uso de dinheiro oriundo da venda de entorpecentes.
No Acre, a operação ocorre nos municípios de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Rio Branco e Sena Madureira. Já em Manaus, no AM, os cumprimentos e apreensões são feitos em Boca do Acre.
A investigação também se estende ao estado do Mato Grosso, onde há apreensões nas cidades de Sorriso e Primavera do Leste.
O resultado da operação foi apresentado no auditório da Secretaria de Polícia Civil com a presença do Secretário de Polícia Civil Carlos Flávio Portela, do secretário de Segurança, Emylson Farias, e dos delegados Alcino Junior e Pedro Resende em entrevista coletiva nesta terça.
A ação policial empregou a participação direta de mais de 130 agentes, 3 delegados e 5 escrivães de polícia civil.
Para o secretário de Polícia Civil, Carlos Flávio Portela, além da retirada dessas pessoas do convívio social, há também um avanço na recuperação de todos os ativos criminais decorrentes desses ilícitos praticados por organizações criminosas.
“A Polícia Civil irá continuar a fazer essas investigações e requisitará da Justiça que os valores apreendidos nesta operação sejam revertidos em favor da segurança pública para que sejam usados no combate ao tráfico de drogas, que é o ilícito criminal que acarreta homicídios e outros crimes que aterrorizam a sociedade”, completou Portela.
“Durante as investigações constatamos que duas empresas eram usadas de fachada para lavagem de dinheiro. A droga vinha do Peru e Bolívia, entrava no solo brasileiro através do Acre e aqui era distribuída para o Amazonas e Mato Grosso”, detalhou o coordenador da DRE, delegado Pedro Resende.
O secretário de Segurança Pública, Emylson Farias, comentou que esses números demonstram o que as forças policiais acreanas já vêm falando há vários meses.
“Muito embora seja da União a responsabilidade primária de coibir o tráfico de drogas nas fronteiras, nossas forças policiais do Estado estão assumindo o compromisso e a obrigação de poder chegar até essa guerra de facções. Essa foi uma operação muito bem planejada, com extremo profissionalismo e que demonstra o grau de excelência da Polícia Civil do Acre.”
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