O Ministério Público Federal (MPF) solicitou o arquivamento de um inquérito da Operação Lava Jato no qual investigava o suposto pagamento do ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari Neto, no valor de R$ 300 mil, ao governador Tião Viana (PT). O processo tramita na Justiça Federal do Paraná.
A acusação era de que o repasse seria da empresa Iesa Óleo e Gás, fornecedora da Petrobras, e destinado à campanha de Tião em 2010. Na agenda do ex-diretor da Petrobrás, apreendida pela PF, consta a inscrição “0,3 Tvian” que, segundo Paulo Roberto, seria referência do pagamento a Tião Viana.
Na época, o governador acreano afirmou que a doação havia sido registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TER/AC) e que não era ilegal.
O inquérito que investigou Tião Viana chegou a correr no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas, em 2016, foi arquivado a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), por falta de provas. Contudo, a atuação de Vaccari, que seria o intermediador, seguia sendo investigada na Justiça Federal. Porém, após alegar que não há indícios de que o repasse foi ilegal, o MPF pediu o arquivamento. “Não há justa causa para o prosseguimento das investigações”.
Ademais, os procuradores apontaram que “não havia registro de operações da empresa Iesa Óleo e Gás no Acre, portanto, descredenciando a tese da prática de atos de ofício diretos de Tião Viana como contrapartida à doação eleitoral”. (Com informações do Portal G1)