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Nesta data querida

Essa semana minha filha mais velha faz 12 anos e a vida nos deu de presente uma coincidência para lá de significativa: pela primeira vez, ela não estará em casa conosco. Nada sério (mentira!). Vai comemorar na companhia dos amigos no acampamento da escola. A exatos 51,9 km do café da manhã na cama, dos cartazes de felicitações, do tradicional jantar no japonês.

 

“É um tempo novo que se apresenta em fastfoward, com intensidade de fim de últimos capítulos de seriado americano. Um tempo instigante onde o que está posto é o inédito e todas as suas possibilidades”

Uma confirmação de que grande parte do que é ‘tradicional’ em nossa casa migra agora do campo das certezas para o território do “vamos ver o que acontece”. E que movimento desafiador esse de abrir mão do script, do confortável, não?
Que poderoso/difícil é ver, de maneira tão nítida, que de coadjuvantes estamos a um estalar de dedos dos figurantes desta narrativa que é a adolescência dos filhos. Outra validação do acaso do calendário.
É um tempo novo que se apresenta em fastfoward, com intensidade de fim de últimos capítulos de seriado americano. Um tempo instigante onde o que está posto é o inédito e todas as suas possibilidades. Para ele, aposto em coragem, consistência, paciência e curiosidade (para todos, adultos e ‘crianças’). E está decidido. No dia 21, vou ao japonês. Celebrar a minha filha, brindar as próximas temporadas. É tradição. Feliz aniversário, Lalá!

* Roberta D’Albuquerque é psicanalista, autora de Quem manda aqui sou eu – Verdades inconfessàveis sobre a maternidade e criadora do portal A Verdade é Que…
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Fabiano Azevedo: