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Oposição se mantém dividida em torno da pré-candidatura de Gladson Cameli

As especulações em torno da saída do MDB da aliança na pré-candidatura do senador Gladson Cameli (PP) ao Governo do Acre continuam. A indecisão por parte do progressista em indicar o nome do vice na chapa majoritária é vista como um dos motivos das desavenças ocorridas no bloco.
“Sabíamos que a candidatura do Gladson não estava alicerçada. A postura dele deixou muita gente descontente. É muita mentira. Com essa questão do vice, ele enganou todo mundo. Conosco mesmo procedeu com mentiras. Chamou o Alan Rick e disse que ele seria o vice e depois não cumpriu a palavra. Ninguém sabe o que ele quer e ninguém mais aguenta conversa fiada”, disse o presidente regional do DEM, Tião Bocalom.
Bocalom afirma ainda que o DEM e MDB já iniciaram uma conversa acerca do possível apoio dos emedebistas à pré-candidatura do militar Ulysses Araújo à sucessão estadual. “Disse a ele que achei a atitude do MDB acertada e que estamos prontos para o diálogo”.
Mesmo diante da debandada do MDB, os presidentes do PSD e PSDB, Sérgio Petecão e Major Rocha, respectivamente, afirmam que continuam na aliança com o PP. “Vou seguir com o Gladson Cameli doa a quem doer. Sou um político de palavra, jamais vou adotar uma postura que poderá prejudicar a caminhada da oposição”, disse Petecão.
Por meio de nota, o tucano Rocha destacou que Gladson é a melhor opção da oposição na disputa. “O momento exige grandeza, responsabilidade e compromisso com o Acre e com os acreanos. A hora é de somar esforços pelo bem do nosso Estado, abrindo mão de vaidades e interesses pessoais. O mais importante é o futuro do nosso povo”.
A decisão do MDB abre precedentes para que outras siglas da oposição também deixem a aliança em torno do nome de Gladson, em especial, as siglas PTB, PHS, PPS e Solidariedade – que estão sob a orientação do emedebista Marcio Bittar, pré-candidato ao Senado.

Conversa com Ulysses
Um dia após a ruptura com Cameli, dirigentes do MDB se reuniram com o Coronel Ulysses. O encontro aconteceu na casa da deputada estadual Eliane Sinhasique (MDB). A conversa girou apenas em cima do possível apoio ao militar. Embora tenha se noticiado que o vereador Roberto Duarte seria indicado a ser o vice, Ulysses pontuou que esse debate não será realizado no momento. “Nós não vamos tratar agora sobre vice. O vice é um elemento de composição. Sobre a escolha do nome, fica mais para frente, para maio, para junho”.

Reunião marcada
Após conversar com o presidente do MDB, deputado federal Flaviano Melo, na manhã de ontem, 2, Gladson Cameli marcou uma reunião para a próxima semana a fim de concluir as conversas em torno da escolha do vice. O anúncio está marcado para acontecer no dia 20 de março.
Nos bastidores, comenta-se que o progressista teria negado que durante o encontro com o governador Geraldo Alckmin ele teria firmado o compromisso de que partiria do PSDB a indicação do vice.

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Fabiano Azevedo: