Um trabalho essencial e que muito contribuiu para que a BR-364, no trecho entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, não ficasse intrafegável durante o intenso período de chuvas no Estado. Essa é a avaliação consensual de todos os representantes que interagiram com a comitiva que, nos dias 8 e 9 deste mês, realizou a segunda visita técnica à rodovia que é considerada a espinha dorsal do Acre.
Em reunião com o grupo, o prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim, afirmou que a mobilização feita pela Federação das Indústrias (FIEAC), junto às demais instituições, tem sido primordial. “É um grupo que acompanha de perto as intervenções na rodovia, discutindo com a sociedade civil organizada e a população, além de ouvir as lideranças políticas. É um trabalho assertivo e por isso estamos aqui para apoiar e ajudar”, enfatizou o gestor.
Tradicional empresário de Feijó, José Santos de Souza, popularmente conhecido por “Zequinha”, participou de reunião com a comitiva durante a segunda visita técnica à BR-364. Ele se mostrou satisfeito com o avanço das obras de recuperação da rodovia, argumentando que houve um período em que gastava até 9 horas para se deslocar até Rio Branco, sendo que hoje tem feito o percurso em cerca de 5 horas.
“E essa é a primeira vez que vejo uma reunião apolítica, com tantas instituições importantes, para defender os interesses da comunidade no que diz respeito à BR-364. Podem ter certeza que nós, de Feijó, estamos à disposição para lutar e batalhar por essa estrada”, destacou o empresário de 73 anos.
Para o prefeito de Feijó, Kiefer Cavalcante, o comprometimento das instituições propicia melhorias para a rodovia, além de dar segurança e esperança à população. “Essa visita técnica é interessante pois traz ao nosso município esclarecimentos da BR. Em 2017 houve a primeira reunião e notamos que neste ano o número de instituições é ainda maior. Esperamos que esse grupo continue crescendo. O Dnit também tem se esforçado, o verão colaborou e esperamos que dentro de dois anos nossa estrada esteja em perfeito estado de conservação”, pontuou.
Anfitrião da comitiva em Tarauacá, o presidente da Câmara de Vereadores do município, Carlos Tadeu, diz que a parceria com as instituições que integram a comitiva é extremamente benéfica. “Isso nos possibilita, por exemplo, detectar os problemas para que possamos juntos cobrar soluções para essa rodovia que é vital para nossa região. Tivemos uma reunião no ano passado liderada pela FIEAC e hoje já vemos como resultado melhorias na trafegabilidade da estrada. Vale destacar também os debates voltados para empresários, melhorias na cidade e geração de empregos. É uma agenda que nos dá oportunidade de ajudar Tarauacá a se desenvolver cada dia mais”, acrescentou o parlamentar.
Já o presidente da Associação Comercial do Alto Juruá (ACAJ), Assem Cameli, conta que no ano passado a população e a classe empresarial ficaram receosos com um possível fechamento da BR-364. Porém, ele avalia que a primeira visita técnica feita pelas instituições com o intuito de apoiar o trabalho do Dnit foi determinante para o avanço das obras e, consequentemente, para manter a rodovia aberta.
“Todos procuraram ajudar. A união desse grupo de instituições tem muita força. Dessa vez a comitiva veio mais cedo, antes de iniciar o verão, e creio que isso será proveitoso para o povo do Juruá, ao Dnit e a todos de uma forma geral. É importante demonstrar que não estamos parados e o quanto precisamos dessa BR em boas condições”, reforçou o empresário.
Ao participar pela primeira vez da visita técnica, o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/AC e 1º vice-presidente da Acisa, Jurilande Aragão, assegurou que o relatório sobre as obras da BR-364 que será elaborado pela Federação das Indústrias, com apoio das demais instituições, será totalmente apolítico.
“Será um documento com caráter técnico para exigir das autoridades responsáveis que agilizem os reparos necessários. Particularmente, fiquei preocupado com as condições da estrada no trecho entre Tarauacá e Cruzeiro do Sul, onde existem pontos que necessitam de intervenções urgentes. Parabenizo o presidente da FIEAC, José Adriano Ribeiro, assim como toda sua equipe, por estar à frente desse movimento. O Sebrae faz questão de participar ativamente desse grupo de instituições em prol do desenvolvimento do Acre”, comentou Aragão.
Carlos Afonso Cipriano, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado (Sinduscon), avalia que houve avanços expressivos na BR-364 no intervalo entre a primeira visita técnica (em setembro de 2017) e a vistoria realizada na última semana.
“Inclusive creditamos o avanço na preservação da estrada àquela mobilização inicial dessas instituições que percorreram a rodovia de Rio Branco a Cruzeiro do Sul, ocasião em que elaboramos um relatório técnico citando os pontos críticos e apontado soluções que poderiam impedir um eventual fechamento da BR. Acredito que isso contribuiu de forma significativa para termos a rodovia em melhores condições”, sintetizou o presidente do Sinduscon.
De acordo com o vice-presidente do Crea-AC, Assurbanipal Barbary de Mesquita, que participou da comitiva juntamente com outros representantes do Conselho Regional de Engenharia, esta segunda visita cumpriu seu papel de oportunizar à sociedade organizada o protagonismo de uma importante causa, que é a integração do Estado e da população acreana.
Marcos Lameira, vice-presidente da Fecomércio, analisa como fundamental a união de todas as instituições que integram a comitiva. “O que temos visto nesse grupo é uma mobilização de todos em prol do desenvolvimento do Estado, o crescimento das instituições, dos empresários e, acima de tudo, a busca de melhor qualidade de vida e condições dignas para as pessoas que vivem à margem da BR-364 e que precisam dela para suprir suas necessidades pessoais e profissionais. A recuperação e melhores condições de trafegabilidade da rodovia beneficiam instituições, empresários e a sociedade como um todo”, assinalou.
Sobre a comitiva
A comitiva que promoveu a segunda visita técnica à BR-364 é apoiada pela FIEAC, Fecomércio, Sebrae, Federacre, Faeac, Dnit, Sedens, Crea-AC, Setacre, Deracre, Acisa, associações comerciais de Sena Madureira, Feijó, Tarauacá e do Alto Juruá, Sincepav, Sinduscon, Sindmóveis, Sindigraf, Sindpan, Sindusmad, Ufac, Faao, Sintraterra, 7º BEC, STICEEA, Creci-AC, CRC-AC, Imac, TCE-AC, Banco da Amazônia, CRA, Sescap, OAB-AC, Roda Viva Transportes, Arras Imóveis e Paris Dakar. O Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA) da CNI também está integrado ao projeto com o propósito de fortalecer o associativismo nos sindicatos industriais.
