Quem esperava que abril as chuvas tivessem fim no Acre, está surpreendido de como o mês está sendo molhado. E deve permanecer assim por pelo menos até junho, alerta o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam). Outro alerta para esta sexta-feira, 13, é de muita chuva devido à aproximação de uma frente fria polar, desta vez quem faz a previsão é o pesquisador meteorológico, Davi Friale.
Em algumas áreas, poderão ocorrer sérios transtornos à população de pontos vulneráveis, como rápida inundação de ruas, transbordamentos de córregos e igarapés, queda de galhos e árvores e deslizamentos de terra. “Tais chuvas poderão continuar até o dia seguinte, sábado, na maior parte do Acre, principalmente no centro do estado e no vale do Juruá”, alertou o pesquisador.
No sábado, 14, a chegada efetiva da frente fria e a penetração de ar polar provocarão, logo nas primeiras horas do dia, ventos intensos da direção sudeste, cujas rajadas poderão passar de 60km/h, em alguns pontos, podendo provocar danos às edificações mais vulneráveis.
“Estes ventos vão continuar intensos, com rajadas, no domingo, porém, sem chuvas, quando uma massa de ar seco começará a predominar, pelo menos, até a próxima terça-feira, 17, deixando o tempo bom, sem chuvas, no Acre”.
Friale reforça que essa será a segunda friagem de 2018, mas não haverá frio intenso, porém a temperatura, durante o dia, ficará muito abaixo da média, com máximas inferiores a 26ºC, nos dois primeiros dias, no leste e no sul do Acre.
“Durante a noite, as mínimas sofrerão apenas um pequeno declínio. A sensação térmica, no entanto, será de friozinho, devido aos ventos intensos que estarão soprando da direção sudeste” avisou.
Já a previsão para os próximos meses, segundo o Sipam, mostra que as chuvas ainda devem continuar acima da média nos próximos meses, por conta da influência do fenômeno La Niña que tem atuado sobre o estado do Acre.
Nos três primeiros meses tem chovido muito acima do considerado normal para o período. De acordo com o Sipam, os dados registrados na estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), localizada na Embrapa, mostram que as chuvas ficaram acima da média nos meses de janeiro e fevereiro. Já março, a média ficou dentro do considerado normal: 297 mm.
Já para o período de seca, o prognóstico é que também seja mais intenso, no entanto, ainda não é possível prever de que forma, pois os estudos e previsões ainda não foram concluídos, informa o Sipam.