A mudança no horário de atendimento da Organização das Centrais de Atendimento (OCA) de Rio Branco, que agora é das 7h30 as 13h30, continua gerando polêmica entre os parlamentares estaduais e municipais. As longas filas que tem se formado no órgão são o alvo principal das críticas.
A deputada estadual Eliane Sinhasique (MDB), em pronunciamento na Aleac, pontua que a redução no horário é um retrocesso para a administração pública. O temor da deputada é que o serviço ao público se torne lento. “É claro que os usuários do local não aprovaram o anúncio da mudança. Eles já enfrentam filas enormes, que dirá após a mudança no horário de serviço. (…) A partir do momento em que se diminui o horário de atendimento ao público, se diminui também o acesso das pessoas à sua cidadania”, disse.
O vereador e presidente da Associação dos Camelôs de Rio Branco, Carlos Juruna (sem partido), também fez críticas à mudança. Ele frisa que o novo horário tem acarretado prejuízos para os comerciantes na área central. “A mudança no horário de atendimento da OCA está mantando (sic) o camelódromo. Quase ninguém vem mais no Centro à tarde”, falou Juruna, ao frisar que os camelôs pretendem realizar manifestações em torno do órgão.
Líder do governo – O líder do governo na Aleac, deputado Daniel Zen (PT), garante que o novo horário de funcionamento da OCA não irá interferir na qualidade e eficácia do atendimento. “É importante ressaltar que o número de atendimentos diários continua sendo o mesmo. Nada mudou. Todos aqueles que procuram a OCA estão sendo atendidos. Todos”.
Disse mais: “A diretora da OCA me explicou que a mudança do horário se deu por que durante as duas horas finais do expediente, ou seja, das 14hs às 16hs, praticamente os funcionários não atendiam ninguém. E isso é natural, uma vez que as pessoas têm o habito de ir cedo para a OCA. Como isso gerava despesas para o Estado, o horário foi reduzido, mas o atendimento do local não foi prejudicado”.
Ajustes necessários – Em recente entrevista, a secretária de Gestão Administrativa do Acre (SGA), Sawana Carvalho, ressaltou que ajustes estão sendo feitos para garantir que o atendimento não seja prejudicado com a redução do horário de funcionamento.
Ela sugeriu, ainda, que as pessoas que procuram atendimento na central cheguem no final da manhã. Conforme a secretária, nesse horário, a central já não tem mais tantas pessoas para serem atendidas.
“Peço aqui à população, se puder, dividir seu tempo e ir mais no final da manhã. Assim, vai conseguir ser atendido da mesma forma. Estamos, ainda, na primeira semana e fazendo os ajustes necessários”, disse a secretária.