A capital acreana registrou quatro mortes violentas na última quinta-feira, 10. Os jovens Breno dos Santos e Alexandre Pereira, ambos de 21 anos, foram alvejados enquanto andavam de bicicleta, no bairro Belo Jardim. Santos morreu no local e Pereira faleceu durante atendimento no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco.
No momento do crime, as vítimas estavam andando com Diego de Lima Vasconcelos, que é monitorado por uma tornozeleira eletrônica, segundo a polícia. O jovem chegou a ser atingido nas mãos e foi encaminhado para o pronto-socorro, onde foi preso após a polícia descobrir que havia um mandado de prisão contra ele.
Ainda segundo a polícia, as execuções podem ter sido realizadas por detentos que fugiram do presídio Francisco d’ Oliveira Conde, no último domingo, 6.
O outro homicídio ocorreu no bairro Canaã. O adolescente Smaley Vasconcelos Júnior, de 14 anos, foi baleado em frente de casa e morreu minutos depois. A família acredita que ele tenha sido morto por engano. “Passaram atirando, acertaram ele, uma moça e a filha dela. Com certeza foi morto por engano, ele só era da escola para casa”, disse uma parente de Smaley.
No Conjunto Habitacional Cidade do Povo a vítima foi Jeferson Santos do Nascimento, de 21 anos, morto a tiros enquanto andava na rua com o filho no colo, a esposa e a mãe ao lado. Testemunhas afirmam que um homem chegou de bicicleta e atirou várias vezes contra Nascimento. A criança não foi atingida pelos disparos, de acordo com a polícia.
Além das mortes registradas na capital, houve um homicídio no município de Sena Madureira. Tiago Lima de Souza, 30 anos, foi assassinado a tiros na noite de quinta, 10, no bairro Vitória.
Para o coordenador da delegacia de Homicídio e proteção à Pessoa (DHHP), delegado Rêmulo Diniz, a fuga de presidiários nos últimos meses contribuiu para o aumento da rivalidade entre facções criminosas. “Já estávamos tendo situações de disparos em locais de venda de entorpecentes e também rumos de toque de recolher”.
O delegado ressalta que a falta de efetivo interfere na rápida resolução dos casos. Porém, ele acrescenta que em, pelo menos, dois casos já foram identificados os criminosos. “Os criminosos estão andando pela cidade armados, com motos e carros roubados, e praticando esses crimes. Com o efetivo que temos hoje não temos capacidade de dar resposta que a sociedade precisa”.