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Educação serviu mais de 7,1 milhões de refeições em 2017 nas escolas da Prefeitura de Rio Branco

 

Creche do Morado do Sol (FOTO ASCOM PMRB)

Em 2014, o então prefeito Marcus Alexandre chegou a comparar o desenvolvimento da educação básica de Rio Branco com a de grandes capitais do país: “não temos o quinto maior orçamento mas temos a quinta melhor educação”. Ele se referia ao Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb), que pôs Rio Branco entre as cinco melhores capitais, com média 5,8, ao em tempo que apontava o investimento na qualidade da merenda oferecida nas escolas como importante estratégia de ação para essa evolução.

Marcus Alexandre tinha razão. A Prefeitura de Rio Branco é uma das poucas que conseguem potencializar o pouco recurso que o Governo Federal destina à merenda escolar.

“A maioria usa apenas do dinheiro do Governo Federal para comprar a merenda”, observa Andreia Cosme, diretora da Seção de Alimento Escolar da Secretaria Municipal de Educação.

Os números confirmam esse esforço ao longo do tempo: em 2014, por exemplo, R$3.966.000,00 foi o valor total dos investimentos na aquisição dos produtos da alimentação escolar. Desse valor, R$ 1.338.000,00 foi a contrapartida da Prefeitura de Rio Branco, no período em que se aguçava a crise econômica no País. Em 2017, os investimentos totais chegaram a quase R$ 5.000.000,00, sendo boa parte em recursos próprios do Município, quase o dobro dos investimento anteriores para a disponibilidade financeira para a alimentação das crianças durante o horário de estudo.

Nesse contexto, a luta do secretário Márcio Batista, titular da Seme, tem sido manter a alimentação nos padrões que ajudem no desenvolvimento das crianças. ”Sobretudo, chegamos a um número que ressalta o esforço da gestão: 7.179.400 refeições servidas em 2017”, comemorou Batista.

Em 2014, ano em que ocorreu a grande cheia do Rio Madeira, o esforço da Prefeitura em parceria com o Governo do Estado garantiu a manutenção da merenda com alta qualidade em todas as escolas. As águas do Madeira transbordaram, a BR 364 ficou fechada, ocorreram dificuldades logísticas e os caminhões de carga não conseguiram passar. Ainda assim, parte da comida foi trazida de avião ou balsa fluvial a partir de Porto Velho e as crianças ficaram bem alimentadas.

A alimentação escolar estabeleceu-se como política de governo na gestão de Raimundo Angelim, fortaleceu-se com Marcus Alexandre e é considerada estratégica pela prefeita Socorro Neri. “Os bons índices são resultado de um trabalho que vai além do cuidado com a estrutura física. Ao longo dos últimos 15 anos, o Município construiu novas unidades, reformou e melhorou as já existentes, investiu na formação e valorização dos professores e servidores da Educação. O desafio hoje posto é de dar continuidade a esse trabalho e avançar ainda mais. Todo esforço continua sendo feito para garantir uma educação de qualidade social no município de Rio Branco. A merenda escolar é uma ação que tem recebido e continuará recebendo atenção especial da gestão municipal” destacou a prefeita Socorro Neri.

Para cada modalidade de ensino há um cardápio específico, o que demanda estratégica própria para sua aquisição.

Com lei de criação homologada em 2017 pelo então prefeito Marcus Alexandre, o Conselho Municipal de Alimentação Escolar contribui ostensivamente com a melhoria do programa.

Cem itens para diversificar a comida todos os dias

Hoje, cerca de 25 mil estudantes são alimentados todos os dias em quase 100 unidades de ensino do município de Rio Branco. Esse exército em desenvolvimento tem à disposição nada menos que 100 itens de alimentos perecíveis e não perecíveis que promovem a variação regular do cardápio das creches e escolas de ensino fundamental, tudo vistoriado por 3 nutricionistas especializadas em alimentação escolar que seguem rigorosamente as normas nutricionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Nas unidades de Ensino Fundamental, os alunos se alimentam uma vez ao dia. As crianças da Escola Anice Dib Jatene aprovam a merenda da tarde, que é praticamente uma refeição: nesta sexta-feira, 26, por exemplo, a merendeira Valesca Almeida, preparou jardineira de carne, cenoura e batata com arroz. A maioria quis repetir. “Eu gosto deste trabalho. Fazer uma boa merenda é minha alegria”, disse Valesca.

“Uma boa alimentação escolar traz muitos resultados, especialmente no rendimento educacional da criança”, disse a diretora da Escola Anice Dib Jatene, Janaína Brito.

Nas creches são servidas três refeições ao dia, já que os pequeninos passam grande parte do dia aprendendo, brincando, descansando, se formando.

 Mais de 43% dos produtos vem da agricultura familiar

Nada menos que 43,68% dos alimentos usados na preparação da merenda, como carne de frango, frutas, verduras e polpas de frutas são comprados de grupos de agricultores familiares do Cinturão Verde de Rio Branco, mais uma medida que promove a geração de trabalho e renda para dezenas de famílias.

Mas não é só isso: os trabalhadores que atuam diretamente na manipulação e preparo da merenda vivem um processo de formação continuada com conteúdo programático que inclui informações sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e orientações pertinentes à rotina de trabalho dentro das unidades ensino. A formação para manipuladores de alimentos é realizada anualmente.

Qualidade premiada

A merenda escolar de Rio Branco recebeu quatro prêmios desde 2011, três deles por eficiência na gestão da alimentação. Além dos pesados investimentos com recursos próprios, a aquisição sistemática de produtos que garantam valores nutricionais às crianças, jovens e adultos que os consomem tem feito a diferença. Para os estudantes de um único período, os valores nutricionais têm de ser de 20%. Já para as crianças das creches que passam muito tempo na escola, essa taxa é de 70%.

Os alunos da modalidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA) são alimentados regularmente com refeições completas. São jovens e adultos que saem do trabalho e vão direto para a escola, gostam e precisam de alimentos encorpados, algo que lhes é servido regularmente.

 Diferentes cardápios levam em conta vários fatores

Os cardápios são elaborados por profissionais da área de nutrição, obedecendo critérios como hábitos alimentares dos alunos, aceitabilidade, produção agrícola local, necessidades nutricionais da clientela atendida, além do custo per capita das preparações e a logística de abastecimento nas unidades escolares.

O sistema de compras dos gêneros alimentícios é rigoroso. A aquisição é feita anualmente, utilizando-se o Sistema de Registro de Preços, que garante uma ata com validade de até 12 meses para contratação. O procedimento licitatório para a referida compra é realizado na modalidade Pregão. Antes, no entanto, é realizada uma ampla pesquisa de mercado.

Creche do Morado do Sol (FOTO ASCOM PMRB )

 

 

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