Caminhoneiros pedem intervenção do governo federal para mitigar o impacto do aumento do diesel
Após a Associação Brasileira de Caminhoneiros (ABCam) convocar ontem, 21, uma paralisação geral nacional, a categoria se mobiliza para protestar. A entidade cobra do governo federal medidas para mitigar o impacto do aumento do diesel, como a isenção de tributos.
O estado do Acre tem o combustível mais caro do país. “O aumento constante do preço nas refinarias e dos impostos que recaem sobre o óleo diesel tornou a situação insustentável para o transportador autônomo. Além da correção quase diária dos preços dos combustíveis realizada pela Petrobrás, que dificulta a previsão dos custos por parte do transportador, os tributos PIS/Cofins, majorados em meados de 2017, com o argumento de serem necessários para compensar as dificuldades fiscais do governo, são o grande empecilho para manter o valor do frete em níveis satisfatórios”, aponta a nota que convoca a categoria.
No Acre não deve ocorrer manifestações, mas os caminhoneiros devem aderir à paralisação. Vale ressaltar que os prejuízos para o Estado são enormes. Já que praticamente todo o transporte alimentício e de bens de consumo são feitos via terrestre, pelos caminhões.
De acordo com o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens do Estado do Acre (Sintraba), com o combustível aumentando semanalmente é insustentável. E por meio de nota, avisam para os motoristas acreanos abastecerem seus carros. Já que a greve deve atrasar a chegada de combustível no Estado.
Nesta terça-feira, 22, ocorre novo aumento nos combustíveis
Os preços do diesel e da gasolina voltam a subir nas refinarias a partir desta terça-feira, 22. Segundo informações do site da Petrobras, a gasolina subirá 0,9% e o diesel 0,97%. Com a alta, o preço da gasolina passará a custar R$ 2,0867, enquanto o do óleo diesel sobe para R$ 2,3716.
Este é o 11º aumento do preço da gasolina nos últimos dezessete dias. Em Rio Branco o litro da gasolina aditivada está no valor de R$ 5,15.
Em nota, a Petrobras disse que “as revisões de preços feitas pela Petrobras podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. Como a legislação brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, a mudança no preço final dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de combustíveis”.