A Petrobras voltou a aumentar o preço da gasolina depois de cinco quedas consecutivas do valor do combustível. A partir desta quinta-feira, 31, o preço nas refinarias vai subir 0,74% e custará R$ 1,9671 por litro.
Desde julho do ano passado, a Petrobras adotou a política de reajustes frequentes nos combustíveis. Até agora, a gasolina já teve aumento de 57,34% nas refinarias. A escalada dos preços acompanha a volatilidade do mercado internacional, com a disparada do dólar e do petróleo.
Greve dos caminhoneiros
A decisão de incrementar o preço ocorre no 10º dia de greve de parte dos caminhoneiros em nível nacional. O ato ainda provoca fortes impactos país afora, principalmente no Sul e no Sudeste. No Distrito Federal, a falta de combustível tem feito motoristas peregrinarem por postos da cidade. Os poucos que ainda vendem o insumo apresentam filas quilométricas e alguns têm limitado a quantidade de litros por veículo.
No Acre, o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros e Máquinas Pesadas, Júlio Farias, anunciou na última terça, 29, a suspenção do movimento. De acordo com o sindicato, a decisão levou em consideração a medidas anunciadas pelo presidente Michel Temer. Desde então o movimento vem perdendo força no Acre.
O sindicalista também alega que a maioria dos caminhoneiros estava abandonando os pontos de manifestação, localizados nas BR-364, 317 e na Estrada Transacreana, para trabalhar e em seguida retornavam.
Frustrados
Um dos líderes do movimento grevista no Acre, Kenedy Cândido chegou a declarar que a paralisação foi encerrada com ar de frustração. “A gente viu que não adiantava mais continuar lutando. Estávamos cansados mentalmente e fisicamente. Infelizmente o movimento foi enfraquecendo”, disse.
A manifestação no Acre teve início na noite da quarta-feira da semana passada. Cerca de 150 caminhoneiros pararam suas atividades. Além da paralização no KM-04 da BR-364, nas proximidades do Parque Industrial, os caminhoneiros também interditaram as Quatro Bocas, na confluência entre as BRs 364 e 317; na Via Verde, próximo a Ceasa; na AC-40, na frente do Parque de Exposições Wildy Viana; e na BR-364 em Feijó.
De 23 a 29 de maio, quando começaram os apoios da Polícia Militar do DF, foram realizadas 822 escoltas e garantidos 21.378.006 litros de combustível aos postos. Além disso, ainda foi possível liberar o abastecimento de 481.162kg de gás de cozinha.
Turismo também sofre
O resultado da paralisação dos motoristas também foi catastrófico para os setores de hotelaria e gastronomia do DF: em toda a cadeia de turismo e entretenimento da capital, a estimativa é de perda de aproximadamente R$ 220 milhões no faturamento, somente no último fim de semana.
Ao valor, somam-se os R$ 92,5 milhões anunciados anteriormente pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), em levantamento da Fecomércio-DF. Até o momento, as áreas somam R$ 312,5 milhões de prejuízo no Distrito Federal.