A 39ª etapa da Campanha de Erradicação Contra a Febre Aftosa realizada pelo governo do Acre, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf/AC), segue até ia 31 deste mês.
A meta é vacinar 1,3 milhão de animais até o fim de maio. Até 15 de junho, os produtores devem apresentar nos escritórios do Idaf/AC a declaração de vacinação.
“Nesta etapa serão vacinados apenas animais de até dois anos de idade. É importante ressaltar essa evolução na desobrigação de vacinação que tivemos de maio de 2017 para maio deste ano. São 900 mil animais a menos. Isso representa mais renda para o produtor”, destaca o coordenador estadual do Programa da Febre Aftosa, Jean Carlos Torres.
Para cumprir a meta dessa etapa, as equipes do Idaf estão atuando em todas as regiões do território acreano, incluindo os municípios de difícil acesso, como Porto Walter, no Vale do Juruá.
No último fim de semana, uma das equipes atuou na imunização de bovinos criados em propriedades do Riozinho Cruzeiro do Vale, em Porto Walter.
Para chegar ao local, os servidores do Idaf precisaram se deslocar de barco e, depois a pé até as propriedades, transportando as doses da vacina em caixas térmicas, para garantir a conservação do produto.
“A última comunidade do Riozinho se chama Roma, navegamos oito horas de barcos até lá para começar nosso trabalho de vacinação. Tem propriedades que a gente anda uma hora a pé, com difícil aceso e dificuldades no transporte da vacinas na costas. Mesmo com todos esses desafios, conseguimos vacinar 600 cabeças de gado”, relata José Silva Sampaio, auxiliar de campo do Idaf/AC.
Acre: Zona Livre da Febre Aftosa – Há 13 anos livre da febre aftosa com vacinação, o Acre segue agora para outro desafio, a retirada da vacina em 2019.
O diretor-presidente do Instituto, Ronaldo Queiroz, lembra que esse avanço é fruto de ações de governo e da parceria das instituições ligadas à área de pecuária e os criadores. “Eles também serão fundamentais no nosso novo desafio que é tornar nosso Estado livre da febre aftosa sem vacinação”, destaca Queiroz.
Para a retirada da vacina contra aftosa, o Acre ainda deverá cumprir esta etapa da imunização e outras duas, uma em novembro deste ano e a última em maio de 2019. “A partir disso, Acre e Rondônia passam a não realizar mais a vacinação. Isso representa mais lucro para os produtores e abrem-se as portas do mercado externo. Ganha o Estado, ganha o produtor”, conclui Ronaldo de Queiroz. (Nayanne Santana / Agência Acre)