O prédio da Ouvidoria do Ministério Público do Estado do Acre (MP-AC), em Rio Branco, foi palco de uma manifestação, na manhã de terça-feira, 29. Familiares de Israel de Araújo e Gilson Teixeira, mortos em um acidente de trânsito na BR 364 (estrada do Aeroporto Internacional de Rio Branco), no último dia 19 de maio, pediram a prisão do motorista da caminhonete – que colidiu contra a motocicleta em que os jovens estavam.
Diego Mores foi liberado no dia seguinte ao acidente durante audiência de custódia. Os familiares e amigos da vítima temem que o retorno do motorista a residência dele por contribuir com uma possível “falta” de justiça no caso.
Os familiares também não aceitaram o fato de Mores ser acusado apenas por homicídio culposo, isto é, sem a intenção de matar. Isso foi o que possibilitou o acusado responder o processo em liberdade. No entendimento dos pais das vítimas, Diego deveria ser acusado por homicídio doloso, pois assumiu o risco de matar ao trafegar na contramão.
“Não quero que meu filho vire estatística. Sempre que via essas atrocidades, tentava me colocar no lugar das mães. Mas, nunca pensei que estaria aqui pedindo por justiça, porque a lei não funciona nesse país e se funciona é pra poucos. Ele bebeu, assumiu o risco de matar dois jovens que estavam começando a vida”, reivindica a mãe de Israel.
De acordo com o site do MPAC, os familiares foram recebidos pelo promotor de justiça, Rodrigo Curti, que assegurou a indicação de um membro da instituição para acompanhar o processo. “Vamos procurar, dentro da Lei, fazer tudo o que está ao nosso alcance para que seja promovida a justiça nesse caso. Esse movimento é legítimo e o Ministério Público está aqui para atendê-los”, disse.