A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), durante entrevista coletiva na tarde de sexta-feira, 18, comentou sobre a prisão do ex-presidente Lula, ocorrida no dia 7 de abril deste ano. De acordo com Hoffmann, o corrido é uma violência à democracia brasileira.
Hoffmann pontua que o petista foi condenado sem provas e que se trata de uma prisão política. A presidente do PT questionou ainda a relação do juiz Sérgio Moro com políticos do PSDB e disse que o magistrado não tem condição de julgar Lula.
“Um ato de maior violência com a democracia. Não existem provas contra Lula. Qual o crime dele? O apartamento não é do Lula. Sérgio é um juiz que não tem condições de julgar o presidente Lula. Eu nunca vi o juiz Sérgio Moro tirar foto com alguém da esquerda brasileira, mas tira fotos com Aécio, com Temer. A Justiça é seletiva e parcial. As companhias falam por si, Moro tem lado”, disse Gleisi.
Ela lembrou que um dos políticos com quem Sérgio Moro “posou sorridente” é alvo de vários processos na Justiça. “Aécio Neves responde a vários inquéritos no Supremo Tribunal Federal e recentemente se tornou réu por corrupção passiva e obstrução da Justiça”.
Ela falou ainda sobre os resultados das últimas pesquisas de intenções de votos na qual apontam Lula como o pré-candidato preferido da população. “O presidente Lula é muito maior que aquela cela onde o puseram. É por isso que ele aparece em primeiro lugar em todas as pesquisas e insiste em estar na pauta da política nacional, pois ele é maior do que aquela cela”.
Disse mais: “Nós vamos seguir com Lula e com o povo, na luta por eleições livres e democráticas com a participação de todas as forças políticas. A palavra de ordem que hoje mobiliza o país é: Lula livre! Lula presidente!”.
Gleisi esteve na última quinta-feira, 17, reunida com o Lula, na sede da Polícia Federal, em Curitiba. Na ocasião, o ex-presidente determinou que as tratativas com Ciro Gomes fossem encerradas. Sobre o assunto, Hoffmann disse que “há uma união dos partidos de esquerda e o PT tem uma determinação de lançar o ex-presidente Lula como candidato. Ele não teve seus direitos políticos suspensos, portanto, escreveremos ele no mês de agosto”, destacou.
O ex-prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad (PT), também presente na coletiva de imprensa, comentou sobre os possíveis adversários políticos de Lula, caso concorra à Presidência da República.
Ao ser questionado sobre o pré-candidato do PSL, Jair Bolsonaro, Haddad disse que trata-se “de uma falha da direita brasileira que cede espaço a uma agenda medieval”. Para o petista, Bolsonaro não será um problema a Lula. “Bolsonaro é um problema muito mais para o Alckmin do que pra nós”.
Gleisi Hoffmann e Fernando Haddad estão no Acre participando da IV Conferência da Amazônia, organizada pelo Partido dos Trabalhadores, em parceira com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), União Nacional dos Estudantes, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), Comitê Chico Mendes, Grupo de Trabalho Amazônico e o Conselho Nacional dos Seringueiros.
