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Caladinho não fabrica fuzis

Aquilo que se previa e se temia está acontecendo: com as fronteiras escancaradas, além do narcotráfico, as facções criminosas estão agindo livremente no contrabando de armas com os países vizinhos.
Como se está divulgando, no último sábado, um grupo de brasileiros invadiu um quartel na cidade de Porvenir, na Bolívia, levando nada menos do que nove fuzis AK 47, calibre 7,62, cinco pistolas e munições, levando o Governo daquele país a divulgar uma nota, confirmando que o grupo seria formado por brasileiros.
É mais uma grave denúncia, que explica a quantidade de armas pesadas, sofisticadas em poder desses grupos criminosos e vem a corroborar o aumento da criminalidade aqui no Acre, como na maioria dos estados.
Ao que consta tanto a quantidade de cocaína, maconha e outros entorpecentes, como esses fuzis não são produzidos ou fabricados em Cruzeiro do Sul ou aqui na Capital, na Baixada do Sobral, no Caladinho. E é isso que o Governo do Acre vem denunciando há longos meses, exigindo que o Governo Federal faça a sua parte, cumprindo sua obrigação constitucional de guarnecer as fronteiras.
É sobre isso também, sobre a gravidade desses fatos, que alguns setores políticos locais insistem em desviar a atenção, atribuindo às forças de segurança do Estado a responsabilidade do aumento dos índices de criminalidade. Um jogo sujo, baixo que em nada contribui para debater com seriedade essa grave questão.

Fabiano Azevedo: