Durante coletiva nesta segunda-feira, 18, a Polícia Civil do Acre confirmou que identificou cinco criminosos suspeitos de atacar uma guarnição militar boliviana, em Cobija. Os bandidos roubaram nove fuzis AK, 11 carregadores e cinco pistolas. Além disso, uma pessoa ficou ferida, segundo nota do Ministério da Defesa da Bolívia.
“Prestamos as informações à polícia boliviana e estamos ajudando eles também a elucidar os fatos”, explicou o delegado Karlesso Néspoli.
De acordo com o ministro da Defesa Javier Zavaleta, informações da inteligência mostram que os criminosos responsáveis pelo ataque pertencem à organização criminosa Comando Vermelho. Cerca de 100 militares, incluindo forças especiais, realizam uma incursão na região.
Ainda durante a coletiva, a polícia confirmou o furto de cinco armas na delegacia do município de Brasiléia. O policial civil Maicon César teria participado do crime e facilitado a entrada dos bandidos. O servidor, segundo o secretário de Segurança Josemar Portes, já responde processo criminal e na corregedoria da PC. Um boliviano foi preso.
O caso gerou polêmica por que na semana passada a polícia teria negado o crime. “Adotamos como estratégia o silêncio ate porque as peculiaridades do caso exigiam. Hoje, estamos com o caso concluídos, identificados os autores e recuperamos todas as armas”.
De acordo com Néspoli, desde o início das investigações a polícia suspeitava da participação do servidor. Todas as armas foram recuperadas, sendo que três estavam enterradas num terreno de um hotel.
“Após inúmeras diligências, conseguimos identificar a pessoa que entrou na delegacia e como havia entrado. Essa entrada foi facilitada, infelizmente, por um colega que trabalha conosco”.
Questionado sobre a possível ligação entre os dois casos de roubo de armas, o delegado diz que não há conexão entre os crimes. “Acreditamos que não, porém, fizemos algumas diligências e conseguimos identificar cinco suspeitos brasileiros que teriam efetuado o roubo na Bolívia”.