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Prefeita Socorro Neri é xingada por internauta e promete recorrer à Justiça

O aumento da passagem de ônibus em Rio Branco continua gerando polêmicas. Dessa vez, a vítima foi a prefeita Socorro Neri que foi xingada em rede social após homologar o reajuste da tarifa na última sexta-feira, 8.

Um internauta agrediu verbalmente a gestora usando palavras de baixo calão, alegando que ela “faz isso porque não paga nem o combustível do carro que anda”. Em resposta à publicação, Neri utilizou sua página de Facebook para se defender.

“Isso não é direito de expressão. É agressão à minha honra e à condição de mulher. E é com este entendimento que recorrerei aos remédios jurídicos. Por mim e por todas as mulheres”, disse em publicação.

A prefeita homologou o aumento, aprovado pelo Conselho Tarifário, de R$ 3,50 para R$ 4, para quem vai pagar no dinheiro. Quem utiliza a bilhetagem eletrônica o valor será de R$ 3,80. Já o preço da tarifa estudantil permanece R$ 1. A nova tarifa começa a valer nesta quinta-feira, 19.

Em nota, Neri afirma que acompanhou todo o processo com a preocupação de que a nova tarifa ficasse no valor “estritamente” necessário à sustentabilidade do sistema.

“O que chamei de tarifa justa e, por incompreensão deste termo ou interesses políticos, tenho tido minha honra e condição de mulher duramente atacadas. Com certeza seria mais fácil ceder aos apelos populistas ou daqueles que pouco se importam com a regularidade dos transportes coletivos, mas não posso agir de forma irresponsável e inconsequente. Meu único interesse é o bem público, e este requer decisões responsáveis, consequentes e sustentáveis juridicamente, ainda que impopulares.”

Ação judicial – Como havia prometido, caso o aumento da passagem de ônibus fosse aprovado, o advogado Gabriel Santos e o assistente social Carlos Gomes, ambos da Rede Sustentabilidade, entraram com ação judicial contra o reajuste da tarifa.

Ao longo do processo, o advogado, integrantes de movimentos sociais e vereadores criticaram a falta de transparência da câmara técnica responsável pela elaboração das planilhas de custos que serviram para justificar o aumento.

“Na nossa visão, esse aumento é abusivo, não respeitou os prazos e trâmites da lei municipal e merece ser suspenso até que todas as irregularidades sejam sanadas”, disse Santos.

 

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