O Rio Acre marcou 2,58 metros nesta sexta-feira, 29, em Rio Branco. Sem previsão de chuva para os próximos dez dias, a baixa das águas preocupa autoridades. Por isso, o Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento do Acre (Depasa) elabora um plano de contingência para evitar um possível desabastecimento.
O manancial já está abaixo de 2 metros em quatro cidades do interior. As medidas emergenciais irão orientar como os municípios devem agir durante uma possível seca.
Segundo o diretor-presidente do Depasa, Edvaldo Magalhães, as bombas de captação estão sendo monitoradas e, até o momento, a situação do rio não compromete o abastecimento na cidade.
“Quando o rio baixa, temos que fazer todo um processo de monitoramento das nossas bombas de captação. Mas tudo indica que vamos ter uma estiagem prolongada. O plano de contingência já está em construção”.
O major do Corpo de Bombeiros, Cláudio Falcão, explica que há três dias o nível do manancial diminui um centímetro por dia. Ele recorda que ano passado, neste mesmo período, o nível do rio era de 3,19 metros em Rio Branco.
“É possível o Estado passar por um racionamento, assim como o município de Rio Branco. Com o nível de água baixo e, principalmente, quando atingir dois metros, há grandes dificuldades na captação de água. Estamos com uma cota bem menor do que ano passado, algo em torno de 20% a 30% a menos. Isso vai fazer com que nos meses críticos que são julho, agosto e setembro, fiquemos com uma cota bem baixa”.
De acordo com Falcão, os municípios banhados pelo Rio Acre que estão abaixo de 2 metros são: Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri e Capixada.