O reajuste na tarifa de ônibus de Rio Branco voltou a ser o tema central dos debates na Câmara de Vereadores na sessão de ontem, 14. Tanto os parlamentares da oposição quanto situação comentaram sobre a decisão da prefeita Socorro Neri em cancelar, pelo prazo de dez dias, a homologação do aumento da passagem.
Segundo o vereador Rodrigo Forneck (PT), a prefeita seguiu uma orientação da Procuradoria. “Esse processo de revogação mostra a transparência para que os ritos necessários nesse processo aconteçam. Se houve dúvidas de que a prefeita não iria cumprir os prazos estabelecidos em lei, está aí. Foi decretada a revogação e em dez dias. Será feito um novo decreto do reajuste da tarifa”, disse.
Ao tratar sobre o assunto, o vereador Roberto Duarte voltou a classificar como irresponsável a homologação do aumento, haja vista o atropelo aos prazos legais. “Não cumpriu os prazos devidos e agiu irresponsavelmente ao homologar o reajuste. Sem floreios, isso foi o que aconteceu”, frisou.
Para o vereador Célio Gadelha (PSDB), a suspensão ocorreu devido à existência de erros nas planilhas apresentadas pelas empresas de ônibus. “Essa atitude da prefeita, prova que a oposição estava certa quanto à existência de irregularidades na planilha apresentada pelas empresas de ônibus. A prefeita está de parabéns pela altitude”, disse.
A vereadora Lene Petecão (PSD) também comentou sobre a decisão de Socorro Neri. “Isso mostra que a prefeita tem equilíbrio em suas decisões. Foi a medida mais acertada que ela poderia ter tomada em toda essa questão. Se não seguiu o trâmite devido, tinha mesmo que ser suspenso esse aumento”.
O vereador Juruna, por sua vez, deu um outro tom ao debate. Ele lembrou que a suspenção é temporária e que transcorrido o prazo de dez dias, a tarifa de ônibus terá o seu reajuste efetivado.
“O cancelamento dessa homologação tem apenas o objetivo de corrigir uma falha para seguir um rito. Inevitavelmente a passagem será reajustada pelo Conselho de Transportes após os dez dias da revogação. É trocar seis por meia dúzia. Uma revogação que não vai resolver nada em relação ao transporte, ainda mais se levarmos em consideração que a maioria do Conselho Tarifário é a favor do aumento. É só uma questão de prazo.”