O reajuste na tarifa do transporte coletivo de Rio Branco voltou a ser tema de debate na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) na sessão de ontem, 6. O deputado Eber Machado (PST) questionou o valor de R$ 4,00, fixado pelo Conselho Municipal Tarifário na tarde da última terça-feira, 5.
Para o parlamentar, o aumento não deveria ter ocorrido, tendo em vista a redução de 46 centavos no valor do óleo diesel. “Os empresários diziam que o maior vilão do aumento da passagem era os constantes reajustes no óleo diesel. Ora, se ocorreu uma redução de 46 centavos no combustível como é que a passagem aumentou?”, questionou.
Eber lembrou ainda que a prefeita Socorro Neri (PSB), tão logo foi anunciado a queda do preço do óleo diesel, determinou uma nova análise das planilhas, ainda assim o Conselho Tarifário manteve o reajuste de R$ 0,50.
“A nobre prefeita Socorro Neri imediatamente determinou que a RBTRans fizesse uma nova avaliação das planilhas, mas para nossa surpresa isso não aconteceu. Esse aumento da passagem de ônibus é um ato covarde patrocinado pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTRANS), que em detrimento ao interesse dos usuários do transporte público estaria defendendo os interesses dos empresários. Peço a prefeita que não sancione essa lei, pois, se o fizer estará validando algo que será prejudicial para sua história e para sua biografia. Não compactue com essa maldade”, diz Eber.
Por fim, o deputado frisou que em estados com mais de três milhões de habitantes a passagem custa em média R$ 3. “Em Rio Branco, uma capital com pouco mais de 300 mil habitante e linhas mais curtas vai custar R$ 4. Isso é um absurdo. Queria dar uma sugestão para Câmara de Vereadores, já que eles querem trabalhar tanto, que trocassem o nome RBTrans para Sindicol, porque é o Sindcol quem está comandando os transportes públicos de nossa Capital. São os empresários que dão as cartas e fazem da forma que bem entendem”, ironizou.