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Vereador Roberto Duarte faz avaliação de seu mandato e confirma pré-candidatura a deputado estadual

Dando início a uma série de reportagens com os pré-candidatos a deputado estadual, a equipe do jornal A Gazeta bateu um papo nesta semana com o emedebista Roberto Duarte. Vereador da capital acreana, Roberto frisou que a decisão de participar do pleito de 2018 surgiu após verificar que suas ações já ultrapassavam os limites de Rio Branco.

“Essa pré-candidatura surgiu do rompimento de fronteiras que o nosso mandato alcançou. Hoje, parlamentares de outros municípios, que observam meu trabalho, acabam me chamando para ajudar a resolver seus problemas”.

Na oportunidade, o emedebista fez uma avaliação de seu mandato de vereador. Segundo, em pouco mais de um ano no parlamento municipal, já apresentou mais de dez mil proposições. Entre as matérias já apresentados por ele, Roberto destaca uma emenda a Lei Orgânica de Rio Branco no qual devolve a Câmara participação no debate e decisão quanto ao reajuste de tarifa de ônibus da Capital.

“Tem um que eu acho de suma importância e que até o momento não foi apreciado pelos meus colegas de parlamento. Diz respeito a uma emenda a Lei Orgânica do município e traz de volta a Câmara Municipal o discursão do reajuste na tarifa do transporte coletivo de Rio Branco. Infelizmente, o presidente da comisso de CCJ engavetou a matéria e até hoje não colocou em votação”, disse.

Confira a entrevista:

A GAZETA – Que avaliação você do seu mandato?

Roberto Duarte – Olha, sempre me dedico nas coisas que decido fazer e neste caso não é diferente. Tenho, sim, buscado realizar um mandato participativo. Conseguimos avançar muito na Câmara de Rio Branco. Em um ano e cinco meses de mandato apresentamos mais de dez mil proposições.  Até hoje, desde a primeira legislatura, em 1963, nenhum vereador chegou a apresentar essa quantidade de proposições. E não é só isso, sempre faço questão de participar dos debates na Casa. Até o momento, todas a sessões que estou na Casa faço uso do expediente, ou seja, o uso da tribuna. Isso demonstra um mandato participativo e guerreiro em prol da população do município de Rio Branco.

A GAZETA – Dessas dez mil proposições apresentadas quantas já foram atendidas?

Roberto Duarte – Temos uma projeção apenas de 2017. Só de Indicações no ano passado apresentei mais de cinco mil, sendo pouco mais de 1.500 atendidas, que são aquelas de construção de tampa de bueiro, limpeza de rua, troca de iluminação pública, poda de árvores, tapa buraco, enfim. Atendidas tanto pelo município quanto pelo estado e isso sempre reconheci. Todas as vezes que tive uma proposição atendida subi a tribuna da Câmara e destaquei.

A GAZETA – Dos projetos de lei já apresentados qual você daria maior destaque?

Roberto Duarte – Já apresentei cerca de 19 projetos. Alguns aprovados e outros rejeitados. Alguns aprovados na Câmara e, posteriormente, vetados pela prefeitura. Temos uma matéria referente ao Transporte Público, Taxistas, Uber, mas tem um que eu acho de suma importância e que até o momento não foi apreciado pelos meus colegas de parlamento. Diz respeito a uma emenda a Lei Orgânica do município e traz de volta a Câmara Municipal o discursão do reajuste na tarifa do transporte coletivo de Rio Branco. Infelizmente, o presidente da comisso de CCJ engavetou a matéria e até hoje não colocou em votação. O que é uma pena para toda a sociedade rio branquense. Mas, vou continuar lutando, continuar buscando a aprovação dessa matéria.

 A GAZETA – Suspensão da homologação do reajuste da tarifa de ônibus. Decisão correta da prefeita Socorro Neri?

Roberto Duarte – Com certeza. Sempre tenho dito que ela atuou, na tarifa do transporte coletivo, de forma irresponsável, precipitada. A maior prova está aí, ela teve que suspender o decreto dela mesma por não ter seguido o rito da Lei Complementar 34/2017, de autoria do ex-prefeito Marcus Alexandre. Eles não respeitaram os prazos e também a entrega dos documentos que subsidiam os valores apresentados nas planilhas. Ou seja, as planilhas são estimativas de valores e a população está pagando por uma estimativa e não por um valor real.

A GAZETA – O Ministério Público recomendou a prefeita aguarde conclusão de análise de planilha para sancionar reajuste da tarifa. O que a oposição pretende fazer caso isso não ocorra?

Roberto Duarte – Então, se for o caso, na próxima semana estarei apresentando um projeto de Decreto Legislativo para suspender ou até mesmo anular os efeitos do Decreto Municipal que aumentou a passagem de ônibus da capital. A Câmara municipal tem poderes para isso, portanto, faremos uso dessa prerrogativa.

A GAZETA – Tua avaliação ao desempenho da oposição nesta legislatura?

Roberto Duarte – Embora sejamos apenas cinco vereadores, ainda assim temos buscado fazer um bom trabalho. Destaco, inclusive, que temos conseguido pautar os debates na Assembleia Legislativa e isso é fato público e notório. Se não fosse a oposição qual seria o discurso dentro dessa casa? Com exceção de alguns vereadores que trazem projetos importantes, a base praticamente só trabalha em cima das matérias do Executivo.

A GAZETA – Como está a tua pré-candidatura a deputado estadual?

Roberto Duarte – Bem, essa pré-candidatura surgiu do rompimento de fronteiras que o nosso mandato alcançou. Hoje, parlamentares de outros municípios, que observam meu trabalho, acabam me chamando para ajudar a resolver seus problemas. Exemplo, Brasileia. Teve um problema seríssimo no hospital de lá, aí os vereadores me chamaram para ajudar na resolução. Fiz uma visita à unidade hospitalar, posteriormente, um relatório e apresentamos uma denúncia junto ao MP daquele município. Já fui procurado também por outros municípios: Bujari, Tarauacá, Feijó, enfim. Preciso avançar no mandato de vereador para termos mais condições de ajudar todos os municípios do Acre.

A GAZETA – Como está a construção das alianças dentro do MDB?

Roberto Duarte – Com relação a isso, estou aguardando um posicionamento do partido. Sei que estão buscando candidatos e a formação de aliança. Temos bons nomes na disputa desse ano tanto na esfera estadual quanto federal. Existe sim a possibilidade alianças. Enquanto não há uma definição quanto ao assunto, vou fazendo meu trabalho enquanto pré-candidato. É de suma importância que a população saiba que farei minha pré-campanha nos horários a parte da sessão. Não deixarei de comparecer as sessões.

A GAZETA – O que tem de verdade nos rumores de que a tua pré-candidatura incomoda a deputada Eliane Sinhasique?

Roberto Duarte – Sem veracidade esses rumores. Vamos disputar o mesmo espaço, mas não significa que tenhamos que ser inimigos. Pode te surgir um pouco de divergência por parte da militância, mas como não temos o mesmo nicho de voto, não creio que isso ocorra. Ainda que tivéssemos, tenho certeza que não iríamos brigar ou algo do tipo. O espaço é grande, são mais de 500 mil eleitores em todo o estado, portanto, não há necessidade de se criar e levar uma divergência à frente. Temos que trabalhar unidos, pois, quanto mais votos tivermos, melhor será para nossa legenda.

A GAZETA – Roberto, você sempre argumenta que Marcus Alexandre agiu de forma errada ao deixar o mandato dele pela metade para concorrer ao governo do Acre. De certa forma você fará a mesma coisa. Não tem receio de o eleitor te cobrar isso?

Roberto Duarte – Absolutamente. Existe uma diferença muito grande entre eu e Marcus Alexandre. Eu lembro e provo que o Marcus Viana assinou um compromisso diante da OAB que cumpriria todo o mandato dele. Mas, acabou não cumprindo a própria promessa e renunciou. Eu não vou abandonar meu mandato. Todo o período eleitoral estarei participando das sessões, fazendo meu trabalho de vereador. Quem vai decidir se o Roberto Duarte vai deve ou não avançar para a cadeira de deputado estadual é o povo. Eu não renunciei meu mandato e não o farei. Se a população disser que tenho que ficar como vereador, ótimo fico até o final. Mas, se entender que precisamos avançar par a Aleac para trabalhar não só pelo município de Rio Branco, mas por todo o Estado, que assim seja.

 

 

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