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A fórmula perversa

A impressão que se tem – e não é só impressão – é que alguns setores políticos estão torcendo para que as facções criminosas aumentem a criminalidade no Estado na disputa pelo narcotráfico, apostando com isso no desgaste do Governo e seus adversários políticos, visando, naturalmente, as eleições que estão por vir.
Ou seja, estão apostando na fórmula perversa do “quanto pior, melhor”. Melhor para eles e pior para a sociedade, como apostaram no golpe parlamentar que aprofundou a crise econômica, política e institucional e jogou o país no caos em que se encontra, com a maioria dos estados perdendo o controle sobre a criminalidade.
Em nenhum momento, esses setores cobram do Governo Federal sua responsabilidade constitucional de vigiar a fronteira para combater o narcotráfico em suas origens, ou seja, nos países vizinhos tidos como maiores produtores de drogas e no contrabando de armas.
Irresponsáveis e idiotas, não se deram conta ainda que poderão também ser vítimas dessa escalada da criminalidade, vencendo ou perdendo as eleições, ao invés de apoiarem as forças de segurança do Estado que estão se empenhando ao máximo para combater esses grupos criminosos, e chamarem a sociedade para também reagir e dar sua parcela de contribuição, com sugestões e mobilizações.
A propósito, um bom exemplo deram familiares e amigos do jovem Ygor, assassinado no último sábado, que saíram às ruas e fizeram uma manifestação no Centro da cidade, pedindo paz e segurança.

Fabiano Azevedo: