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“Assassinato de reputações”

Quem leu os jornais do final de semana pode conferir o desabafo do governador Tião Viana e do seu irmão, senador Jorge Viana, com a decisão do ministro do Supremo Tribunal (STF), Gilmar Mendes, de arquivar um processo que se arrastava há cinco anos, acusados de receber R$ 2 milhões de uma empresa nas eleições de 2010.
Em sua sentença, o ministro destacou que o arquivamento se fazia necessário porque não havia “suspeita contundente” para que o processo seguisse seu curso e durante esses cinco anos não foram juntados os “mínimos indícios” que provassem a autoria.
Em notas pulicadas, os dois políticos expressam a alegria desse reconhecimento, mas ao mesmo tempo sua indignação, porque foram vítimas de todo o tipo de suspeitas e infâmias de seus adversários, sofrendo com situações familiares como o casamento da filha do governador e a morte de pai.
Contudo, o que vale ressaltar é o que o governador Tião Viana denuncia em sua nota, segundo ele, “o assassinato de reputações” que se faz hoje no Brasil, em que as pessoas são condenadas antes do julgamento, sem que lhes seja garantido o princípio fundamental da presunção da inocência.
Na verdade, essas considerações valem para outros tantos que também estão sendo vítimas e até presos desse “assassinato de reputações”, como o ex-presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva e fazem parte de um processo perverso e hipócrita de como a elite brasileira imbeciliza a classe média e os mais pobres, usando discurso da corrupção.

Fabiano Azevedo: