A morte de Lilian Calixto após um procedimento estético nos glúteos realizado na cobertura do médico Denis Cesar Barros Furtado, no Rio de Janeiro, acendeu o sinal de alerta nos pacientes que se submetem a qualquer tipo de intervenção cirúrgica ou não.
Para o médico Stanley Bittar, CRM 2084, que atua no Acre, o caso não representa o dia a dia dos profissionais.
“Na maioria das vezes, o paciente já chega bem informado sobre o procedimento a ser realizado. Mas, isso não impede de que o médico reforce as informações sobre substâncias e técnicas que serão aplicadas. Muito pelo contrário. Inclusive, antes de qualquer coisa, o paciente assina o termo de consentimento e nele consta todas as informações, inclusive com exames médicos, afinal, local de qualquer procedimento é no consultório ou em hospital. Esse é um protocolo seguido à risca”, detalhou o médico.
Mas, antes de chegar ao consultório, o paciente precisa tomar algumas precauções. Por exemplo, basta entrar na página do Conselho Regional de Medicina (CRM) e digitar o nome do médico para saber se ele tem especialização que é o Registro de Qualificação de Especialista (RQE).
O documento é um número obtido pelo profissional ao registrar seu Título de Especialista no Conselho Regional de Medicina, que atesta que o médico tem sua especialidade certificada. No Brasil, mais de 50 especializações são reconhecidas pela Associação Médica Brasileira (AMB).
Stanley Bittar exemplifica também que é importante o paciente saber se o hospital possui e se estão em dia os alvarás sanitários. “Isso é básico”, destacou.
Além disso, o Conselho veda comparações do tipo “antes e depois” dos pacientes. Segundo o CFM, os médicos também não podem alardear supostos resultados, nem anunciar especialidades médicas que não existem.
Bittar destaca que o acreano tem procurado se informar e até realizar qualquer procedimento, inclusive os estéticos. “No Acre estão atuando bons profissionais. A preocupação é que o paciente tenha e exercite o bom senso antes de tomar qualquer decisão”, ressaltou.