Se antes da expansão da cadeia produtiva do café Manoel Urbano nem sequer aparecia nas estatísticas estaduais, hoje o município celebra uma nova fase na produção do grão, com mais dinheiro no bolso do produtor.
Desde 2011, os produtores de pelo menos 15 municípios acreanos já receberam mais de 1,2 milhão mudas de café, o que representa, entre outros investimentos, um incremento de 62% na cadeia produtiva.
Em 2017, a produção de café chegou a 2.628 toneladas em todo o estado, o que representa 42 mil sacas do grão. Além da entrega de mudas, a Secretaria de Agropecuária (Seap) tem ajudado com a análise de solos de suas propriedades, assim como a mecanização para beneficiamento dos grãos.
“Esses investimentos representam um grande passo na vida desses produtores, em especial na comunidade do Ramal São João, em Manoel Urbano, fazendo com que a qualidade de vida desses produtores aumente com a chegada da energia elétrica, trazendo benefícios de conforto como televisores, antenas parabólicas e geladeiras. Agora o governo coloca renda na propriedade com a produção do café”, destacou o secretário de Estado de Agropecuária, José Carlos Reis.
O engenheiro agrônomo da Seap, Nilton César, explica que o Acre teve seu povoamento feito por diferentes pessoas de diversos estados e, consequentemente, essas pessoas que colonizaram o Estado trouxeram as culturas que já tinham conhecimento em sua região, não sendo diferente com o café.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2004 o Acre exportava café.
“Com a grande seca de 2005, que registrou grandes incêndios florestais, muitos produtores perderam suas lavouras e poucas áreas de produção de café não sofreram esse impacto das queimadas. Desde então, o governo lançou um programa de melhoramento da cadeia de cafeicultura no Estado, e a partir de então algumas iniciativas foram introduzidas, como o café clonal, junto às instituições de pesquisas”, declarou o engenheiro.
Aumento na produção
As ações de fortalecimento da agricultura promovidas pelo Governo do Estado nos últimos oito anos têm causado transformações positivas na economia rural do Acre. Isso se comprova em várias cadeias produtivas, por meio de dados consolidados como a cafeicultura, na qual dados do IBGE indicam que o estado registrou, em três anos, crescimento de 63% na produção.
Em 2013, levantamento feito pelo IBGE revelou que a produção de café no Acre era de 1.369 toneladas, o equivalente a aproximadamente 23 mil sacas.
Desde 2011, o governo do Acre iniciou os investimentos na cafeicultura. Na época, a Seap informa que o estado registrava em torno de 1.500 hectares de plantio do grão. Foi nesse cenário que a cadeia expandiu-se, chegando a 15 municípios acreanos.