A Operação Alcateia, deflagrada pela Polícia Civil, nesta terça-feira, 24, cumpriu 53 mandados de prisão em Rio Branco, focando principalmente nos líderes de organizações e grupos criminosos.
A ação é resultado de 90 dias de investigação realizada por meio da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (DECCO) com apoio do Departamento de Inteligência (DI) e do Ministério Público, através do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).
Os investigados na operação são envolvidos na prática de crimes de organização criminosa, tráfico de drogas homicídios e roubo. O resultado parcial da operação foi apresentado na manhã desta terça durante entrevista coletiva com a participação de representantes da Secretaria de Segurança Pública do Acre (Sesp-AC) e do MP-AC.
Na ocasião, o secretário de Polícia Civil do Acre, Carlos Flávio Portela, explicou que a polícia judiciária estadual tem utilizado de toda a força jurídica para conter os índices de criminalidade e tirar de circulação bandidos que amedrontam a população.
“Todas as operações resultam em denúncias. Essa é uma interação que resultou no cumprimento de mandados, tendo sido cumpridos efetivamente 46 deles. É um meio de estarmos atuando de maneira firme contra as organizações que atuam contra a nossa sociedade. Aquilo que a lei nos permite, estamos utilizando”, pontuou.
O delegado Alcino Júnior, que coordenou a operação, explicou que o Ministério Público tem auxiliado continuamente numa “pesquisa refinada” sobre os envolvidos, disponibilizando a estrutura de pessoal e tecnológica. “Essa operação tem essa conotação de colocar à disposição da justiça essas lideranças e responsabilizá-las pelos crimes que cometeram”, destacou.
O promotor de Justiça e membro do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MP/AC, Danilo Lovizaro, explicou que a operação é resultado de um trabalho árduo de investigação que já dura vários meses e que, agora, atende, diretamente, comandantes do crime.
“Uma parceria muito importante para a Segurança Pública do Estado. Nesse caso específico já ocorreram operações anteriores, como a Operação Fim da Linha, com 120 condenados em primeiro grau. O Ministério Público parabeniza a eficiência dessa operação, que dará material probatório para a denúncia judicial contra as pessoas envolvidas nessa organização criminosa”, esclareceu.