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Tião Viana destaca que intervenção militar não será benéfica para o Acre

FOTO Cedida

O governador Tião Viana (PT), durante entrevista coletiva na manhã de quinta-feira, 12, comentou sobre o pedido de intervenção federal na segurança pública do Acre apresentado ao presidente Michel Temer (MDB), pela bancada de oposição em Brasília, na noite de quarta-feira, 11.

Para o governador, Sérgio Petecão estaria se apropriando desse debate para colher dividendos políticos, haja vista que este é um ano eleitoral. Questionou também o motivo de o oposicionista não sugeriu a intervenção em 2017, já que aquele foi mais violento que o ano corrente.

“Eu não vi este discurso do senador [Sérgio Petecão] e nem de seus parceiros da oposição no ano passado, quando os números de assassinatos eram maiores, quando o número de mortes registradas foi maior, e quando as facções criminosas agiram de forma mais violenta. E por que estão fazendo agora? Por que é véspera de eleição? Para querer transformar sofrimento de famílias e a luta de nossas polícias em voto?”, indagou.

Ao classificar o discurso do senador como grave e irresponsável, Viana pontuou que o oposicionista estaria aumentando o poder das facções e minimizando o serviço feito pelas forças policiais. “O senador Petecão não tinha o direito de fortalecer o ambiente de segurança promovido pelas facções, aumentando o poder delas e minimizando o trabalho valoroso de nossas polícias”.

Tião lembra que tem trabalhado junto ao Governo Federal para que recursos da segurança sejam enviados ao Acre, dessa forma, mostrou-se contrário à intervenção militar.

“Quantas vezes eu liguei até a última hora para o ministro Raul Jungmann [Segurança Pública] pedindo a liberação de recursos. Aí eu pergunto: quantas vezes o senador ligou? Nenhuma, e ele é da base de apoio do Governo Federal. Eles prometeram R$ 150 milhões para a segurança pública de uma emenda impositiva de bancada em 2016, e não liberaram nada até hoje. Agora vem com essa conversa de intervenção militar. Intervenção militar no Rio de Janeiro só fez aumentar o número de mortes de policiais. Com Segurança Pública não se brinca”, disse.

Por fim, Tião destacou que a ausência das forças da União na fronteira é que têm contribuído com a atuação das organizações criminosas. “Quantas vezes eu pedi sozinho a presença do Governo Federal, do Exército, do efetivo de Polícia Federal, Rodoviária Federal cuidando das fronteiras do Acre? O ovo da serpente, a origem do mal, é a passagem do narcotráfico produzido no Peru e na Bolívia.”

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