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Em junho, Segurança apreende quase meia tonelada de drogas no Acre

Como reflexo do trabalho contínuo realizado pela Segurança Pública no Acre, as polícias Civil e Militar apreenderam quase meia tonelada, só no mês de junho.

O resultado foi alcançado no mês em que se realiza a Semana Estadual Sobre Drogas e endossam a preocupação com as fronteiras abertas e comprovam o aumento do tráfico de drogas no Acre, em virtude da falta de fiscalização federal.

Ao longo do mês passado, foram várias apreensões relevantes. A Delegacia de Repressão a Entorpecente (DRE) apreendeu 80 quilos em Porto Acre. Depois, outros 80 kg no bairro Conquista. A Delegacia da 4ª regional, em uma única ação, mais de 150 quilos. E o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope), outros quase 100 kg de maconha, no Bujari.

No Juruá, a Polícia Civil também apreendeu outros 40 kg. Somados aos 20 apresentados no dia 29 de junho, totalizam 470 quilos de entorpecentes, além das inúmeras apreensões diárias em menores quantidade.

Nos últimos três anos mais de uma tonelada de entorpecentes em todo o Estado. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (Sesp) e revelam o grande vilão por trás da criminalidade e da disputa pelo território, combatida dia após dia: o tráfico de drogas.

Com uma área de fronteira de quase dois mil quilômetros entre Peru e Bolívia, o Acre está localizado ao lado de dois dos maiores produtores de drogas do mundo. A falta de fiscalização nas fronteiras favorece a livre circulação de pessoas e contribui para a entrada de drogas no Brasil, através do território acreano.

As forças de segurança estaduais têm intensificado ações de combate ao crime. Só nos primeiros cinco meses de 2018, pelo menos 1.400 operações foram desencadeadas do Baixo Acre ao Vale do Juruá. Como resultado das ações, só a Polícia Civil, por exemplo, apreendeu mais de 430 quilos de entorpecentes, enquanto a Polícia Federal, no período de quatro meses (janeiro a abril), apreendeu mais de 117 quilos.

Susp

Quase oito meses após o governador Tião Viana e 20 outros governadores do país assinarem a Carta do Acre durante o I Encontro de Governadores pela Segurança nas Fronteiras, na qual reivindicaram a criação de um sistema e uma base de dados nacional para compilar informações e nortear as ações de combate à criminalidade, o Congresso Nacional aprovou e o presidente Michel Temer finalmente sancionou o Sistema Único de Segurança Pública (Susp).

A luta, iniciada no Acre em 2017, chamou a atenção do governo federal para a necessidade de a União assumir seu papel constitucional de protetora das fronteiras e garantir a soberania do país. O texto, aprovado pela Câmara e pelo Senado, estabelece diretrizes para a atuação conjunta de diferentes órgãos de segurança federais, estaduais e municipais, um dos pedidos mais pontuais presentes na Carta do Acre.

Pela lei, o Ministério Extraordinário da Segurança Pública será o responsável por fixar as metas de trabalho junto a cada órgão, além de criar a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, que estipula princípios para a atuação dos órgãos de segurança, como o uso comedido e proporcional da força.

Cultura de paz

Mesmo com poucos avanços até a efetiva consolidação do Susp, o Acre vem fazendo seu papel na promoção de uma cultura de paz. Exemplo disso, é que o número de homicídios no Acre segue apresentando redução, conforme dados divulgados recentemente pela Secretaria de Segurança Pública.

No primeiro semestre de 2018, quando comparado ao mesmo período do ano passado, houve redução de 10% no número de homicídios em todo o Acre. Na capital, a comparação entre os mesmos períodos apresenta uma redução de 20%.

 

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