Todos os anos, cerca de 40 instituições coordenadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) unem forças durante o período de seca no Acre para um importante trabalho de combate às queimadas e ao desmatamento.
Nesta terça-feira, 31, na sala de situação do Corpo de Bombeiros, as instituições que compõem a força-tarefa de combate e prevenção às queimadas e ao desmatamento ilegal se reúnem para traçar ações estratégicas e integradas em todo o estado.
“Essa reunião visa avaliar as ações de enfretamento às queimadas e ao desmatamento já promovidas pelos órgãos de defesa e meio ambiente, além de definir novas fiscalizações em todo o estado”, explica o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Carlos Batista.
Em junho, o Estado lançou o Plano de Prevenção e Controle de Desmatamento e Queimadas. O instrumento agrega as diretrizes que norteiam as estratégias, metas e ações do Estado no quadriênio 2017-2020 e tem como principal objetivo reduzir o desmatamento e a degradação da vegetação nativa, assim como controlar as queimadas florestais, promovendo a manutenção dos serviços ecossistêmicos.
Compromisso ambiental
Com o Acre assumindo o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal até 2020, este ano o governo intensifica as ações com campanhas educativas e a aplicabilidade dos Planos de Gestão de Riscos Ambientais e de Prevenção e Controle às Queimadas e Incêndios Florestais.
Só de 2004 a 2017, a taxa de desmatamento ilegal no Acre reduziu 66% por meio das políticas públicas do governo. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a redução no Acre, de agosto de 2016 a julho de 2017, foi de 34%. O levantamento faz uma comparação com o período anterior: 2015/2016.
“Estamos entrando no período mais crítico, e os órgãos já estão se movimentando. Orientada pelo governador Tião Viana, a força-tarefa integra órgãos federais, estaduais e da capital no combate ao desmatamento e às queimadas, valorizando aquilo que temos de destaque, que é a produção sustentável”, salienta o secretário de Meio Ambiente, Carlos Edegard de Deus.
Estiagem
O Acre enfrenta mais um período de seca. De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), o Rio Acre registrou nesta segunda-feira, 30, em Rio Branco, a cota de 2,05 metros. A situação de déficit se intensificou no mês de junho.
De acordo com o monitoramento do Estado, as cidades de Tarauacá, Feijó, Manoel Urbano e Rio Branco lideram o ranking de focos de calor neste período.