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Polícia Civil apresenta cinco pessoas suspeitas de pertencimento à organização criminosa e homicídios

Foto/Cedida

A Polícia Civil apresentou Wisley Lima da Silva e Joel Gomes Mota, que são acusados de participação nas mortes registradas no Conjunto Oscar Passos, em 7 de julho. Na ação criminosa, Cleilton de Oliveira Júnior e Ygor Werik foram mortos em um bar.

Já Igor Félix Silva e Romário Costa da Silva teriam envolvimento com a morte do flanelinha Rosiel do Nascimento da Silva, que foi morto com um tiro nas costas no Parque da Maternidade, no último dia 3.

Na oportunidade, ainda foi apresentado um menor de idade que está sendo acusado de ter participado do duplo homicídio ocorrido na Cidade do Povo.

A Polícia Civil, por meio das Delegacias de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), de Combate a Roubos e Extorsões (DCORE) e Coordenação de Recursos Especiais (CORE), prendeu os suspeitos por pertencimento à organização criminosa e homicídios. Um adolescente também foi apreendido pelos mesmos fatos.

As prisões ocorreram na Cidade do Povo. Na oportunidade foram apreendidas também uma submetralhadora calibre 22 de fabricação Argentina, municiada, uma pistola 9mm de fabricação Belga, com nove munições intactas, um revólver 38 municiado e uma pistola 380 com carregador devidamente municiada.

Durante entrevista coletiva, nesta quinta-feira, 19, o secretário de Polícia Civil, Carlos Flávio Portela, destacou que os criminosos têm envolvimento em outros homicídios. “Não são somente essas seis pessoas vítimas desse bando. Eles são suspeitos de participação em outros crimes. A investigação está em andamento e outros crimes serão elucidados com a participação de testemunhas”.

O secretário de Segurança Pública, Vanderlei Thomas, aproveitou para enfatizar as ações das forças policiais que realizam diversas operações em todo o Acre, na intenção de coibir crimes contra a vida, ao patrimônio e também a atuação de organizações criminosas.

“Nós estamos contando com reforço diário nas ruas e os resultados estão aparecendo com uma redução significativa no número de homicídios durante esses 12 dias de operações. Nós vamos continuar nas ruas, acompanhando pessoalmente e, diariamente, temos trabalhado com polícia nas ruas, investigação qualificada e apoio integrado das demais instituições que compõem o Sistema de Segurança”, destacou o secretário.

O delegado Sérgio Lopes, do Combate a Roubos e Extorsões (Decore), explicou que os indivíduos já eram investigados e a polícia também recebeu denúncias anônimas.

“Os investigadores da Decore conseguiram localizar uma residência onde estava essa submetralhadora e realizaram a prisão em flagrante de um desses indivíduos. Todas essas armas estavam sendo utilizadas nessa guerra contra integrantes de organização criminosa rival”, disse Lopes.

“São pessoas com a periculosidade demonstrada, todos com histórico de crimes e condenações. Dois deles ostentavam tornozeleiras eletrônicas ou então cumpriam penas por outros crimes. Esses fomentavam os crimes através da distribuição das armas”, disse o delegado Rêmulo Diniz, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Polícia esclarece o caso do duplo homicídio ocorrido na Cidade do Povo

Sobre Maria Valdirene Lima do Nascimento e Victor Vasques, encontrados mortos em cima da cama, o delegado relatou que Vasques já tinha cometido um homicídio e estava fugindo da Cidade do Povo quando foi morto.

O suspeito de cometer o crime é um adolescente, que foi apreendido, mas não foi apresentado. Segundo a polícia, o jovem foi atingido com ao menos seis tiros. Valdirene tentou correr até a porta, mas também foi baleada.

“Vasques vinha sendo acusado por criminosos de ter mudado de facção, então ele era procurado e a companheira dele que o seguia foi atingida e veio a óbito. O José Vitor tinha um mandado de prisão expedido pela Justiça. A companheira dele sabia e as investigações indicam que o casal tinha uma vida ligada ao crime”, relatou Diniz.

Grupo de delegados deve atuar na DIC

O secretário de Polícia Civil, Carlos Flávio Portela, esclareceu que vários inquéritos de homicídio estão tendo a extinção de culpabilidade, pois os autores dos crimes estão sendo, posteriormente, vítimas de homicídio.

Por esse motivo, ele criou um grupo de delegados que vai atuar em apoio à Delegacia de Investigações Criminais (DIC), conforme publicação no Diário Oficial do Estado (DOE) nesta quinta, 19.

“Infelizmente, esse ciclo está ocorrendo. Esse grupo de delegados deve dar um foco maior nos crimes de organizações criminosas que têm como principal objetivo cometer homicídios. Então vamos intensificar e trabalhar para entregar à população respostas mais rápidas”, finalizou o secretário.

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